Alfredo Gaspar visita comunidades no Jacintinho para ouvir desejos de moradores
Nas grotas visitadas por Alfredo Gaspar, os moradores relataram o medo de agravamento da crise pós-pandemia

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva em diversas comunidades de todo país sobre o comportamento dos moradores durante a pandemia da Covid-19 revelou que 80% das famílias estão sobrevivendo com menos da metade da renda obtida antes da crise. A realidade desses moradores foi vista de perto pelo ex-procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar, que durante esta quinta-feira (23), visitou três grotas no bairro do Jacintinho.
“Nas minhas conversas com os moradores ficou claro que a pandemia acentuou desigualdades que já existiam. São problemas crônicos de exigem ações coordenadas para superar as dificuldades e levar melhoria na qualidade de vida dessas pessoas”, destacou Alfredo Gaspar.
A pesquisa do Instituto Locomotiva, que contou com o apoio da Central Única das Favelas (CUFA), aponta também que metade dos entrevistados que recebeu o auxílio emergencial do Governo Federal, pagou contas básicas, comprou comida, produtos de higiene, remédios e ajudou familiares e amigos.
Nas grotas visitadas por Alfredo Gaspar, os moradores relataram o medo de agravamento da crise pós-pandemia, reforçando os dados da pesquisa realizada nacionalmente. O medo de ficar sem trabalho aparece nos relatos de 88% das pessoas entrevistadas, entre os que ainda têm emprego.
Os moradores têm uma expectativa em comum em relação ao pré-candidato a prefeito de Maceió, que ele continue na busca por justiça, como aconteceu durante sua passagem pela Secretaria de Segurança e pelo Ministério Público. Mas agora com uma ênfase ainda maior na justiça social.
“Eu quero estar bem próximo da comunidade, ouvindo as pessoas. Eu não chego a lugar nenhum sem ser junto com eles, foi assim durante toda a minha trajetória e assim permanecerá”, garantiu Alfredo Gaspar.
Ele fez questão de ressaltar a importância do Programa Vida Nova nas Grotas e pretende incrementar as ações, em futuras parcerias, inclusive com a ONU-Habitat. “Além da recuperação das estruturas físicas, vamos aprofundar o relacionamento com as pessoas, monitorando anseios para atender as necessidades”, explicou.
Os dados usados nessa matéria são parte de uma pesquisa recém-divulgada pelo Instituto Locomotiva/CUFA. Para chegar a essas informações, foram feitas 3.321 entrevistas em 239 favelas de todos os estados, no período de 19 a 22 de junho de 2020.
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