Serviços crescem 9,5% em Alagoas no mês de julho, aponta IBGE
Dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (11)
O setor de serviços cresceu 9,5% em Alagoas no mês de julho, registrando a segunda taxa positiva seguida, já que havia avançado 3,6% de maio para junho. Antes, o estado alagoano tinha registrado quatro taxas negativas: fevereiro (-0,2%), março (-6,2%), abril (-26,5%) e maio (-4%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o mesmo mês do ano passado - julho de 2019-, o recuo do setor foi de 25,8% em Alagoas. Já no acumulado dos primeiros sete meses de 2020, frente a igual período do ano anterior, a queda no volume de serviços foi de 19%. Em doze meses, o volume de serviços caiu 14%.
No Brasil, o setor de serviços avançou 2,6% na passagem de junho para julho, segunda taxa positiva seguida em que acumula um ganho de 7,9% nos meses de junho e julho. O resultado ocorre após uma sequência de quatro taxas negativas (entre fevereiro e maio), período em que acumulou uma perda de 19,8%. Na comparação com julho de 2019, o volume de serviços recuou 11,9%, quinta taxa negativa seguida. No acumulado dos primeiros sete meses de 2020, houve recuo de 8,9%. Em doze meses, o volume de serviços caiu 4,5%.
“O avanço de 2,6% não foi suficiente para eliminar as perdas observadas entre fevereiro e maio. Vale destacar que o efeito da pandemia propriamente dito ocorreu entre março e maio. O resultado negativo de fevereiro ainda não era decorrente das medidas de isolamento social e sim uma acomodação do setor de serviços frente ao avanço do final de 2019. As perdas da pandemia entre março e maio somam 19,8%”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, analisando o panorama nacional.
Divulgada todos os meses, a PMS abrange cinco grupamentos de atividades da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0): serviços prestados às famílias (como alojamento e alimentação), serviços de informação e comunicação, serviços profissionais, administrativos e complementares, transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio e outros serviços.
Alta atinge 20 das 27 unidades da federação
A maior parte, vinte, das 27 unidades da federação apresentou expansão no volume de serviços em julho de 2020, na comparação com junho, acompanhando o avanço (2,6%) no volume total no Brasil (série com ajuste sazonal). São Paulo (1,6%) e Rio de Janeiro (3,3%) registraram os principais avanços. Outras contribuições positivas relevantes vieram do Rio Grande do Sul (3,5%) e do Distrito Federal (5,2%). Ceará (-2,5%) e Bahia (-0,9%) registraram os principais impactos negativos em termos regionais.
Na comparação anual, a queda de -11,9% foi acompanhado por recuos em 25 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa ficou com São Paulo (-10,7%), seguido por Rio de Janeiro (-9,2%), Minas Gerais (-11,8%), Paraná (-15,4%), Bahia (-26,4%) e Rio Grande do Sul (-14,4%). As únicas contribuições positivas vieram de Mato Grosso (0,8%) e Rondônia (5,2%), impulsionados pelo bom desempenho de atividades correlatas ao agronegócio em Mato Grosso, e de gestão de portos e terminais e de transporte aquaviário e rodoviário de cargas, em Rondônia.
“Como São Paulo e Rio de Janeiro são os dois estados de maior percentual de participação no setor de serviços como um todo - São Paulo, que representa 43% dos serviços do país e Rio de Janeiro, com 15% -, acabam influenciando o dado de Brasil seja positiva ou negativamente”, conclui Lobo.