Instabilidade de solo: reunião discute segurança aquaviária
Defesa Civil e Capitania dos Portos participaram de reunião
Representantes da Defesa Civil de Maceió e da Capitania dos Portos de Alagoas discutiram, nesta quarta-feira (21), a segurança aquaviária na Lagoa Mundaú devido à instabilidade de solo que afeta a região, em decorrência da desestabilização das minas de exploração de sal-gema. A adoção de medidas para garantir a segurança dos que navegam na área afetada pelo problema geológico se faz necessária uma vez que o problema persiste e está em evolução, além de que dados de monitoramento e estudos apresentados pela empresa Braskem trazem um panorama futuro de possível colapso de mina caso nenhuma medida para estabilização do solo seja adotada.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Dinário Lemos, a intenção da reunião é repassar para o órgão responsável pela segurança na navegação em Alagoas informações sobre o problema geológico que afeta os bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, alertando para que o fato de que o fenômeno afeta diretamente a Lagoa Mundaú, já que parte das minas de exploração de sal-gema se encontram dentro da laguna.
“Até que a Braskem solucione o problema de fechamento das cavernas, nossa preocupação enquanto órgão gestor de riscos é que sejam tomadas todas as medidas para salvaguardar a vida da população. O objetivo da reunião foi apresentar a sala de monitoramento da Defesa Civil e os relatórios emitidos pela empresa contratada da Braskem, para que a Capitania possa adotar medidas de segurança na área da lagoa, a exemplo de uma área de resguardo também na lagoa”, explicou Lemos.
Para o capitão dos Portos de Alagoas, Wendell Petrocelli, a integração entre os órgãos é fundamental para que os riscos sejam mitigados. “É importante que mesmo atuando separadamente cada órgão tenha conhecimento sobre todo o trabalho. Todo risco que venha a se apresentar só poderá ser mitigado a partir dessa integração. Nós estamos preocupados e trabalhando diariamente para que qualquer risco à população seja evitado. A partir do momento que a área for delimitada em comum acordo entre todas as partes, nós iremos fazer nosso papel de monitoramento e todos que integram essa região serão informados”, ressaltou.
Segundo relatórios emitidos por órgãos que prestam consultoria para a Braskem e os dados de monitoramento realizados pelos órgãos públicos na região afetada, há risco iminente de dolinamento em algumas cavidades.
“A preocupação existe pelo fato de estarmos trabalhando com o risco de dolinamento, que é o risco de ascensão da cavidade a superfície. Uma vez que esta cavidade chegue a superfície dentro da Lagoa, a gente tem que trabalhar com zonas que limitem o tráfego dentro da Lagoa, seja canoeiro ou qualquer outro tipo de embarcação. Da mesma forma que a gente trabalhou aqui na Defesa Civil a interdição de via e realocação de moradores que estão dentro desta zona de dolinamento – que é uma área de três ou cinco vezes o tamanho da cavidade – na parte do continente, é preciso ocorrer também dentro da Lagoa”, acrescentou o geólogo Antonioni Guerrera.
Veja também
Últimas notícias
Marcha pelo Clima reúne 70 mil e leva força amazônica às ruas de Belém
Colisão entre carro e moto deixa um homem ferido em Maragogi
“Marechal é o coração da República”, afirma Rafael Brito em solenidade da Proclamação da República
Justiça do Pará revoga pedido de prisão de Thiago ML, vereador de Arapiraca
Alckmin confirma que mudanças no tarifaço de Trump prejudicaram café brasileiro: “Manteve 40%”
Polícia Militar apreende 21 armas de fogo e 24 Kg de drogas em Alagoas
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
