Ex-funcionários cobram Collor nas redes sociais após calote de senador
Débitos são das Organizações Arnon de Mello e ultrapassam a casa dos R$ 200 milhões
Com a popularidade em alto por interagir constantemente com seguidores na internet, o senador Fernando Collor (PROS) está sendo cobrado publicamente pelas redes sociais por débitos trabalhistas de suas empresas, que ultrapassam o valor de R$ 200 milhões. Profissionais que foram demitidos dizem que atitude é “desumana” e prejudica continuidade de carreira.
Os ex-funcionários das Organizações Arnon de Mello (OAM) buscaram nas redes sociais o caminho para chegar senador alagoano para cobrar os valores que foram parar na Justiça, mas até agora não foram pagos pelo ex-presidente da República.
Há mais de dois anos que os trabalhadores das empresas de Collor aguardam receber os valores das rescisões trabalhistas. No Instagram e no Twitter o senador tem falado sobre tudo, menos sobre os débitos. Os assuntos vão dos paredões do BBB à esclarecimentos sobre o processo de Impeachment.
Prejudicados, os profissionais demitidos estão se mobilizando nas redes sociais para pressionarem o senador a se posicionar sobre os débitos. “Fernando Collor, aproveite a interação e interaja conosco também, pagando todos os alienáveis direitos trabalhistas que sua Organização Arnon de Mello nos deve há anos. Vergonha absoluta está por aqui na internet cobrando isso, mas, se Fernando Collor não tem em nos dever, não terei em cobrar”, escreveu o jornalista Felipe Camelo.
Já Fátima Almeida, diz que “são mais de 200 trabalhadores (de jornalistas a jornaleiros), que de uma hora para outra ficaram sem emprego, sem salário e sem um centavo de seus direitos trabalhistas indenizatórios para sobreviver e recomeçar. Isso é desumano! E só mostra que a ausência de empatia continua a mesma de quem, 30 anos atrás, confiscou, a poupança de milhares de brasileiros”.
As empresas de Collor respondem na Justiça desde 2019 por uma dívida que ultrapassa R$ 217 milhões. São R$ 191 milhões correspondentes a débitos com fornecedores sem garantias, R$ 24,5 milhões são débitos trabalhistas e R$ 1,4 milhão referente a débitos com pequenas empresas.