Anvisa nega importação da Sputnik; Renan Filho diz que decisão traz sentimento de "decepção"
Governadores devem se reunir nesta semana para debater assunto
Após cinco horas de debates e apresentação de relatórios, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou na noite desta segunda-feira (26) o pedido de autorização excepcional para a importação da vacina Sputnik V, imunizante contra a Covid-19 produzido na Rússia.
Essa era uma das esperanças de Alagoas e outros estados para agilizar a imunização da população em meio a pandemia da Covid-19. No fim do mês passado, o governador sancionou a lei que permite a aquisição do imunizante russo. O governador previa a chegada do primeiro lote no final desse mês.
Renan Filho (MDB) disse que a decisão da Anvisa sobre a vacina causa um "sentimento de decepção em Alagoas e em todo o Nordeste" também disse que acolhe com estranheza ao veto.
"A Sputnik, já aprovada e agora mesmo aplicada em dezenas de países, tem ainda o aval do próprio Comitê Científico do Nordeste. Assim, fica difícil entender a recusa da agência brasileira nesta emergência", colocou.
E completou: "Continuarei lutando para trazer a Sputnik V. A população precisa de vacina, principalmente de agilidade do governo federal para fazê-la chegar ao braço das pessoas".
A CNN Brasil informou que ainda esta semana, os governadores do Nordeste devem se reunir para debater a situação, em meio a falta de vacinas no país.
Com 91,6% de eficácia comprovada, de acordo com estudo publicado na conceituada revista científica Lancet, a Sputnik foi negociada em 56 países e teve 80 milhões de doses compradas pelo Governo Federal e por diversas cidades e estados brasileiros, como a Bahia, o Paraná e o Mato Grosso, que aguardam a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).