CPI da Pandemia tem bate-boca após Renan Calheiros citar Hitler e nazismo
Sessão ouve nesta terça (25) a secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouve nesta terça-feira (25) a secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, que ficou conhecida nas redes sociais como 'capitã cloroquina' por difundir o uso do medicamento que não tem eficácia no tratamento do coronavírus. A oitiva foi marcada por bate-boca após, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB/AL) citar Hitler e o nazismo.
O senador alagoano começou sua participação fazendo um resgate histórico do nazismo, relembrando o Tribunal de Nuremberg, que julgou crimes cometidos por oficiais nazistas na 2ª Guerra Mundial para dizer que a "CPI não é um tribunal de guerra ou de exceção. É um tribunal da democracia".
"Não podemos dizer que há genocídio aqui. Mas podemos dizer sim que há uma semelhança tenebrosa, perturbadora no comportamento de algumas altas autoridades que testemunharam aqui na CPI e o relato sobre os marechais do nazismo no Tribunal de Nuremberg, negando tudo, exaltando Hitler, se apresentando como salvadores da pátria, quando história mostrou que eram uma máquina da morte", completou Calheiros.
Senadores presentes reagiram à comparação com o julgamento de oficiais nazistas e acusaram o senador alagoano de banalizar o genocídio dos judeus por Hitler. "Isso é uma coisa odienta. Não existe. Isso vai ficar registrado nos anais do Senado Federal. Qualquer paralelismo é um absurdo", rebateu o líder de governo no Senado, Fernando Bezerra.
Renan Calheiros rebateu: "Não vou ser censurado".