Maceioense dá a luz a bebê durante viagem turística a Fernando de Noronha
Partos são proibidos na ilha

De viagem na paradisíaca ilha de Fernando de Noronha, uma turista de Maceió deu luz a uma criança prematura nesta terça-feira (5), no Hospital São Lucas. Segundo a unidade de saúde, a mulher deu entrada no local com o rompimento de sua bolsa amniótica.
Partos não são permitidos na ilha. As moradoras grávidas devem deixar Noronha com 28ª de semanas de gestação, para parir no continente.
A Administração de Fernando de Noronha informa que a ilha conta apenas com um hospital de média complexidade e que não existe maternidade no local. O Ministério da Saúde determina que partos só podem ocorrer em maternidades com equipe especializada.
Ainda de acordo com a direção do Hospital São Lucas, a visitante chegou à ilha na segunda-feira (4), com 32ª semanas de gestação.
"A gestante declarou ciência e consentimento de sua obstetra no continente [para a viagem]. Após seis horas de trabalho de parto, foi finalizado o parto de uma menina, que apesar de prematura, está estável", afirmou a unidade de saúde em nota.
A mãe e a recém-nascida aguardam remoção via UTI aérea para uma maternidade de referência no Recife. O transporte está previsto para acontecer ainda nesta terça-feira.
A Administração da Ilha informou que a gestante chegou em Fernando de Noronha a bordo de um avião da Azul Linhas Aéreas. A companhia foi contatada para saber quais as normas para viagens de gestantes em aeronaves da empresa, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.
Último parto
Em 2018 aconteceu um parto na ilha, após 12 anos sem nascimentos em Noronha. A camareira Jamylla Gomes Ribeiro da Silva, de 22 anos, teve uma filha, a garota Ana Eloíza. Jamylla não sabia que estava grávida e teve a filha em casa.
Segundo os médicos, a mãe faz parte de um pequeno grupo de mulheres que passam a gravidez praticamente sem sintomas.
Proibição
Em 2018, à época do último nascimento, a Secretaria de Saúde informou que a não realização de partos em Noronha foi estabelecida com o objetivo de garantir assistência qualificada às gestantes, incluindo a retaguarda de uma UTI.
A proibição de nascimentos em Fernando de Noronha divide opiniões e muitas moradoras questionam o direto de ter os filhos nas ilha. O assunto virou até tema do documentário “Proibido Nascer no Paraíso", lançado este ano nacionalmente.
Saída compulsória de gestante
Em maio de 2020 a empresária Alyne Dias Luna, de 30 anos, foi levada ao Aeroporto de Fernando de Noronha pela polícia, após se negar a deixar a ilha para o parto. Alyne alegou que tinha medo de pegar Covid-19, por isso queria ter a filha em Noronha.
Segundo a Administração, o protocolo médico de pré-natal determina que mulheres a partir da 28ª semana de gestação devem ir para o Recife, e Alyne estava com 34ª semana de gravidez.
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