Conselho de Direitos Humanos vai acompanhar investigação sobre morte de crianças em UPA
O óbito infantil mais recente na unidade foi de um menino que deu entrada apenas com uma dor de dente
O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Alagoas (CEDDH/AL), Magno Moura, anunciou nesta terça-feira (18), que o conselho vai acionar outras entidades na investigação sobre a morte de um menino de 10 anos nesta segunda-feira (17), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Tabuleiro dos Martins, na parte alta de Maceió.
De acordo com Moura, além da promessa para pressionar a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) a investigar o caso a fundo, também anunciou que o Instituto Médico Legal (IML) já examina o corpo da criança para descobrir a razão da morte que, ainda segundo Moura, está com causa indeterminada nos documentos da unidade.
“Isso precisa ser esclarecido, até porque lá (no documento médico com o óbito da criança) explica que a causa é indeterminada”, disse o presidente do CEDDH.
Além da Polícia Civil e o IML, Magno Moura também disse que irão convidar o Conselho Regional de Medicina de Alagoas (CREMAL) e o Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren/AL) para fazer uma visita técnica na UPA para verificar se os protocolos de atendimento da população infanto-juvenil estão sendo fiscalizados.
Moura também comentou achar estranho o óbito da criança, mencionando que o menino teria entrado na UPA apenas com uma dor de dente e chegou a óbito.
“Isso é muito triste para a sociedade e para os pais que levaram sua criança para um atendimento no posto de saúde e infelizmente se depararem com a notícia que seu filho faleceu”, comentou.
O caso
Os pais do menino Carlos Miguel Ferreira, de 10 anos, receberam a notícia da morte da criança nesta segunda-feira (17) após levá-lo para a UPA do Tabuleiro do Martins, na parte alta de Maceió. Segundo informações do caso, a criança estava apenas com uma dor de dente.
Além da morte do menino, o óbito de uma outra criança também teria sido confirmado na mesma unidade. A Polícia Civil investiga o caso e a suspeita seria de uma suposta negligência.