Inca prevê mais de 130 casos novos de câncer colorretal em Alagoas por ano
Mulheres deverão ser o grupo mais afetado, sendo 18,6% doentes na capital
Segundo dados do Instituto de Câncer Nacional (INCA), Maceió está prevista para ter cerca de 32,56% do total de casos de câncer de cólon e reto em Alagoas neste ano. Mulheres deverão ser o grupo mais afetado, sendo 18,6% doentes na capital.
O grupo composto por homens deve representar cerca 13,95% do total dos casos. O instituto prevê cerca de 430 casos, sendo 210 em homens e 220 em mulheres, em Alagoas.
No Brasil, indica o surgimento de 44 mil novos casos por ano de câncer de intestino, ou câncer colorretal, no Brasil, com 70% concentrados nas regiões Sudeste e Sul.
“É uma doença muito prevalente. É a terceira. Ela vai perder para [câncer de] mama, vai perder para [câncer de] próstata. Em terceiro lugar, vem o câncer colorretal”, disse o cirurgião oncológico Rubens Kesley, coordenador do Grupo de Câncer Colorretal do Inca.
Fatores
A alimentação pobre em fibras está relacionada ao aumento do número de casos de câncer colorretal, confirmou o cirurgião oncológico. Isso se explica porque, à medida que as condições socioeconômicas de um país melhoram, as pessoas passam a comer mais alimentos industrializados e ultraprocessados e deixam de comer alimentos com fibras. Outro fator que pode levar ao câncer colorretal é a carne vermelha, especialmente aquela usada em churrascos, queimada, com muita gordura.
Outro cuidado que se deve ter é com a saúde bucal, porque há uma bactéria na boca que favorece o desenvolvimento da doença. “Essa bactéria se associa a uma incidência altíssima de câncer colorretal”. Estudo recente de pesquisadores da Escola de Odontologia de Columbia, em Nova York, mostrou como o Fusobacterium nucleatum, uma das bactérias da boca, pode acelerar o crescimento desse tipo de câncer. Daí a importância da profilaxia bucal, recomendou o médico.