Brasil

Zanin diz a Moro que não vai se declarar impedido de julgar ações da Lava Jato

Cada senador terá dez minutos para fazer perguntas a Zanin, que vai dispor do mesmo prazo para resposta, com direito a réplica e tréplica

Por Metropoles 21/06/2023 14h02
Zanin diz a Moro que não vai se declarar impedido de julgar ações da Lava Jato
Zanin em sabatina - Foto: Reprodução

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sabatina, nesta quarta-feira (21/6), o advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão teve início às 10h10.

Questionado sobre a relação com o presidente Lula, Zanin afirmou que tratará com “imparcialidade” e afirmou que “um ministro do STF só está condicionado à Constituição”:

“Em relação à minha indicação, já disse na minha exposição incial, que fiquei muito honrado com a indicação do presidente Lula. Ao longo dos últimos anos tive a oportunidade de conviver com o presidente Lula, de compreender a sua visão sobre os papeis institucionais da república, inclusive sua visão sobre o papel do magistrado. Estabeleci com ele uma relação, e ele pôde ver o meu trabalho jurídico ao longo dos últimos anos. Participei intensamente da sua defesa técnica, fui até o fim e tive reconhecida a anulação dos seus processos e a absolvição em outros”, disse.

Zanin afirmou que, caso seja aprovado pelo Senado ao STF, não vai se declarar impedido de julgar processos que envolvam a Lava Jato. “Em um passado recente, quase tudo o que funcionava em varas especializadas criminais, muitas vezes, recebia a etiqueta da Lava Jato. Isso não é, para mim, um critério para um controle jurídico, mas, sim, aquele que a lei prevê, que é analisar as partes e o conteúdo”, argumentou.

“Acredito que estou aqui hoje indicado pelo presidente Lula pelo fato dele ter conhecido o meu trabalho juridico, a minha carreira na adovocacia e por ter a certeza que, uma vez nomeado e aprovado por esta casa, vou me guiar exclusivamente pela constituição e pelas leis, sem qualquer tipo de subordinação que seja. Um ministro do STF só pode estar subordindado à constituição. Me sinto absolutamente na condição de exercer esse cargo, atuar com imparcialidade. Uma das marcas da minha carreria foi a busca da imparcialidade”.