Mais da metade dos yanomami vive em risco de saúde
Pesquisa da Fiocruz reuniu e analisou dados de aldeias da etnia

Os primeiros resultados de uma pesquisa elaborada por um grupo de trabalho criado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para reunir e analisar bases de dados sobre a população yanomami indicam que 62% das comunidades indígenas yanomami vivem hoje muito próximas a menos de 5 quilômetros (km) de áreas com floresta alterada por não-indígenas. Essa situação coloca em risco imediato a população indígena, que corresponde a mais de 17 mil indígenas.
Usando diversas bases de dados e imagens aéreas, referentes a 366 comunidades indígenas e seu entorno, o grupo de trabalho (GT) Geo-Yanomami pode avaliar a escalada de ameaças à saúde dos indígenas nos últimos anos.
O mau uso do solo e a degradação ambiental provocados pelo garimpo se relacionam diretamente com o aumento dos problemas de saúde dos indígenas nos últimos anos. Uma das principais alterações observadas no Território Yanomami são as queimadas: 708 km² de áreas foram atingidas entre 2017 e 2022. Outras formas de destruição da floresta foram desmatamento e mineração.
Cruzamento de dados
Cruzando dados do relatório Yanomami sob ataque, publicado pela Hutukara Associação Yanomami em abril de 2022, com imagens de satélite de dezembro do mesmo ano, os pesquisadores constataram aumento de mais de 100 pistas de pouso, sendo pelo menos 38 delas clandestinas, concentradas ao norte do Território Yanomami, região onde há maior incidência de ouro.
O estudo mostra que dos mais de 25.000 km de extensão dos rios que passam pela região, cerca de 2.000 km registram a presença de indígenas morando às suas margens. Metade deles (53%) estão contaminados, atingindo cerca de 12 mil indígenas.
“Percebemos que havia muitos dados importantes disponíveis, mas eles precisam ser ordenados e analisados. Com os resultados produzidos pelo estudo, esperamos auxiliar no planejamento de ações para enfrentar a crise de saúde nas comunidades Yanomami, não apenas em momentos de emergência, como agora, mas também nos próximos anos. Essa análise é um passo inicial que precisa ser aprimorado com informações de campo e monitoramento”, explica Diego Xavier, pesquisador do Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz e integrante do grupo Geo-Yanomami.
Últimas notícias

Prefeitura realiza ação informativa sobre direitos de mulheres pacientes com câncer

Prefeitura de Arapiraca realiza 5ª entrega de enxovais do projeto “Mãe Arapiraquense” nesta quinta (23)

Junqueiro sedia o Festival “Fique Leve” e recebe usuários do CAPS de toda a região

Suspeito de atirar em motociclista durante briga de trânsito em Penedo é indiciado pela Polícia Civil

Caso Maria Katharina: Justiça revoga prisão de pai da criança encontrada morta em estábulo
![[Vídeo] Deputado Leonam resgata cavalo vítima de maus-tratos no Benedito Bentes](https://img.7segundos.com.br/wQNu4mzCv0ASH9TbT1KGVz2zy-Y=/100x80/smart/s3.7segundos.com.br/uploads/imagens/1de2da43-9033-426f-a2c8-fb2ed70f3d87.jpeg)
[Vídeo] Deputado Leonam resgata cavalo vítima de maus-tratos no Benedito Bentes
Vídeos e noticias mais lidas

Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto

Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
![[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'](https://img.7segundos.com.br/1g5AYADh6QrLqZAU9kw_eQUL73A=/300x340/smart/s3.7segundos.com.br/uploads/imagens/4e3912fa-46af-4732-80fb-1b15525d39e8.jpg)
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'

Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
