PF vê indício de rachadinha e pede quebra de sigilo bancário de Janones
Janones disse que a medida causa "estranheza", mas que está confiante que será absolvido

A Polícia Federal pediu ao STF autorização para a quebra do sigilo fiscal e bancário do deputado federal André Janones (Avante-MG). A representação foi enviada hoje (30) no inquérito que apura suposta prática de rachadinha no gabinete do parlamentar.
O pedido foi encaminhado ao ministro Luiz Fux, relator do inquérito no Supremo. A investigação foi aberta em dezembro e se baseia em áudio divulgado em que Janones supostamente pede a assessores o repasse de parte de seus salários — o que configuraria a prática de "rachadinha". A PF afirma que as diligências conduzidas até o momento "sugerem a existência de um esquema de desvio de recursos públicos" no gabinete de Janones. São citados os depoimentos prestados por ex-assessores de Janones sobre o suposto esquema de rachadinha.
Desde o início da investigação, Janones afirmou que abriria mão do próprio sigilo fiscal e bancário. No entanto, a PF afirmou que o "simplesmente encaminhamento de extratos bancários pelos investigados não é suficiente". "Uma análise bancária eficiente passa pela aferição de todos os bancos que os investigados movimentam, o envio de dados em formato pesquisável etc. Por isso, o signatário sequer determinou a juntada nos autos dos extratos encaminhados pelo advogado", escreveu a PF.
COAF indicou depósitos fracionados
Entre os documentos enviados ao STF, a Polícia Federal afirma que o Coaf (Conselho de Atividades Financeiras) identificou depósitos fracionados na conta de Janones no ano passado, além de uma transferência de R$ 7.500 via Pix por uma ex-secretária parlamentar.
Segundo trecho de representação da PF, "há ocorrência de depósitos fracionados realizados em conta de André Janones, como possível subterfúgio para burlar a identificação da origem desses recursos bem como a comunicação das operações em espécie à unidade de inteligência financeira, com a efetivação de, pelo menos, 9 depósitos, entre os dias 24/07/2023 e 26/07/2023, que totalizaram a quantia de R$ 15.000,00. A prática de depósitos fracionados, embora por si só não seja algo ilegal, é considerado por investigadores como um indício da prática de rachadinha. O fracionamento pode contribuir para ocultar a origem do dinheiro.
Janones diz que pedido causa estranheza
Em nota divulgada nas redes sociais, Janones afirmou que o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal "causa estranheza". "Mais estranho ainda é apontarem como "suspeito" um depósito feito quando nenhum dos assessores investigados trabalhava mais em meu gabinete. Como eles devolviam salário três anos após serem exonerados?", questionou.
O deputado disse que segue "absolutamente confiante" de que será absolvido. "Eu não devo, quem deve são os Bolsonaros, que recorreram até a última instância para não terem seus sigilos quebrados, e até hoje não justificaram como conseguiram comprar 70 imóveis em dinheiro vivo."
Últimas notícias

Por unanimidade, STF homologa liberação das emendas parlamentares

Incêndio atinge quarto de pousada na Pajuçara

Prefeito de Olivença veta recursos aos blocos após aproximação de foliões com a oposição

Ex-vice-prefeito de Major Izidoro é nomeado para cargo na ALE-AL; salário chega a R$12 mil

Departamento Estadual de Aviação atua no resgate de vítimas de acidente na AL-105

Merendeira de Maceió concilia trabalho em CMEI com curso superior de Nutrição
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
