Justiça

Acusados de matar auditor da Receita Estadual vão a júri popular

Corpo da vítima foi encontrado carbonizado em outubro de 2022 em uma área de canavial

Por 7Segundos 17/10/2024 19h07 - Atualizado em 17/10/2024 20h08
Acusados de matar auditor da Receita Estadual vão a júri popular
Auditor fiscal da Sefaz foi encontrado morto em canavial - Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) confirmou ao portal 7Segundos, nesta quinta-feira (17), que os cinco acusados de matar o auditor fiscal da Receita Estadual, João de Assis Pinto Neto, vão a júri popular no dia 31 de outubro deste ano. O crime ocorreu no dia 26 de outubro de 2022. Segundo a polícia, na época o auditor flagrou irregularidades em um estabelecimento comercial em Maceió, e houve uma discussão entre ele e dois irmãos donos do local. 

Com medo da fiscalização fechar o negócio deles, os irmãos se juntaram, tiveram uma briga com a vítima, que se desequilibrou, caiu e ficou desacordado. Ronaldo Gomes de Araújo e Ricardo Gomes de Araújo da Silva, os irmãos, pegaram a vítima e colocaram fogo no corpo do auditor em uma área de canavial, próximo a AL-405.

As investigações também revelaram que mais três pessoas estavam envolvidas no crime. Além de Ricardo e Ronaldo, João Marcos Gomes de Araújo e Vinicius Ricardo de Araújo Silva, foram indiciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. 

Maria Selma Gomes Meira, que é mãe de Ronaldo, Ricardo e João, também foi indiciada por ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor.

Ainda segundo a polícia, os dois irmãos foram os responsáveis por submeter a vítima à violência antes de matá-la, o que deixou a vítima com muitas lesões. Os outros também participaram da execução.

Os acusados foram encontrados por meio do celular da vítima que foi jogado em um terreno baldio, em Rio Largo. Os familiares ligaram várias vezes para o celular e, em uma delas, uma pessoa que passava no local atendeu. Essa pessoa entregou o celular para a Polícia Militar, que levou para a Polícia Civil.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte do auditor foi por Traumatismo Cranioencefálico (TCE) provocado por instrumento contundente. Cerca de 95% do corpo da vítima foi queimado.



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