Cabo Bebeto denuncia demissões e alerta para fechamento de hospitais em AL
Entre as unidades afetadas estão a Maternidade Escola Santa Mônica, o Hospital Escola Helvio Auto e o Hospital Portugal Ramalho
Nesta quinta-feira (31), o deputado estadual Cabo Bebeto (PL) participou de reunião no Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), onde discutiu a situação da possível demissão de 390 profissionais de saúde contratados em regime de trabalho precarizado. A dispensa iminente desses trabalhadores, que compõem grande parte das equipes dos hospitais estaduais administrados pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), ameaça reduzir o atendimento em serviços essenciais prestados à população. Entre as unidades afetadas estão a Maternidade Escola Santa Mônica, o Hospital Escola Helvio Auto e o Hospital Portugal Ramalho.
Ao final da reunião, Cabo Bebeto gravou um vídeo em frente ao Sinmed, expressando preocupação com as consequências dessas demissões, enfatizando que a maioria dos médicos presentes no encontro, concursados, também manifestou temor em relação à continuidade dos serviços: "São os profissionais precarizados que compõem a maioria do efetivo desses hospitais".
O deputado destacou que o Hospital Hélvio Auto, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, perderá 38 dos seus 60 leitos, o que limitará significativamente a capacidade de atendimento a pacientes de Alagoas. Além disso, a Maternidade Escola Santa Mônica, única do estado especializada em gestantes de alto risco, sofrerá um corte de 50% em sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), afetando diretamente o tratamento de recém-nascidos. “Crianças que dependem desse atendimento especializado não terão onde ser atendidas”, lamentou Cabo Bebeto.
Outro grave problema será enfrentado pela população que precisa dos serviços do Hospital Portugal Ramalho, que, caso ocorram as demissões, será fechado e "os pacientes psiquiátricos serão devolvidos às suas famílias".
O parlamentar destacou que a medida de demissão foi tomada pelo Governo do Estado "de última hora, sem qualquer estudo ou cuidado com as consequências para os alagoanos", e criticou a falta de planejamento e atenção para com as necessidades de saúde da população.
"Governador Paulo Dantas, acorde! O alagoano está sofrendo com essa saúde que o senhor está oferecendo. É urgente que algo seja feito para salvar o povo de Alagoas", defendeu Cabo Bebeto.