Justiça

Após quatro anos, policiais são julgados pelo desaparecimento e morte de Jonas Seixas

Pedreiro desapareceu durante abordagem policial no ano de 2020

Por 7Segundos 13/11/2024 07h07 - Atualizado em 13/11/2024 07h07
Após quatro anos, policiais são julgados pelo desaparecimento e morte de Jonas Seixas
Jonas Seixas tinha 33 anos - Foto: Arquivo Pessoal

Após mais de quatro anos do crime, cinco policiais vão a júri popular nesta quarta-feira (13), acusados do sequestro e da morte do pedreiro Jonas Seixas. Ele desapareceu durante abordagem policial na Grota do CIgano, no bairro Jacintinho, em outubro do ano de 2020.

O julgamento, comandado pelo juiz Yulli Roter, acontece no Fórum do Barro Duro, em Maceió, e deve durar até a quinta-feira (14). Ao todo, onze testemunhas serão ouvidas.

Fabiano Pituba, Felipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa, João Victor Carminha Martins de Almeida e Tiago de Asevedo Lima irão se sentar no banco dos réus. Eles respondem pelos crimes de tortura, homicídio e ocultação de cadáver.

Sobre o caso

Jonas Seixas, de 33 anos, foi abordado por policiais militares por volta das 15h45 do dia 9 de outubro de 2020, na Travessa São Domingos, localizada na Grota do Cigano, no bairro Jacintinho, em Maceió.

Segundo a família da vítima, os policiais entraram na casa sem mandado de prisão e encontraram apenas a esposa de Jonas, que estava chegando do trabalho.

O servente de pedreiro foi levado pelos militares a uma região da mata, por trás de um motel, no bairro de Jacarecica. De acordo com investigações da Polícia Civil, a vítima foi submetida à tortura, violências e ameaça no local, com a tentativa de obter alguma confissão de Jonas.

O inquérito policial concluiu que Seixas foi assassinado para que o crime de tortura não fosse descoberto e, por isso, ocultaram o cadáver. Até hoje não se sabe onde está o corpo da vítima.