Taxa de visitação de Fernando de Noronha sobe e fica acima dos R$ 100 por dia
Em novembro de 2024, ingresso para o Parque Nacional também já havia sofrido reajuste
Viajar para um dos destinos mais bonitos do Brasil acaba de ficar (ainda) mais caro. Desde 1º de janeiro, a taxa de visitação diária do arquipélago foi reajustado, ultrapassando pela primeira vez a barreira de R$ 100.
A Taxa de Preservação Ambiental passou de R$ 97,16 para R$ 101,33, um aumento de 4,2%. De acordo com a administração do arquipélago, o reajuste anual está previsto em lei e deve sempre acompanhar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A taxa é obrigatória a todos os turistas que visitam o arquipélago e pode ser paga com antecedência pela internet, através do site noronha.pe.gov.br, ou no próprio aeroporto de Fernando de Noronha, logo após o desembarque do avião, mas com chance de pegar fila.
Criado em 1989, o tributo é utilizado para diminuir o impacto ambiental causado pelo turismo no arquipélago. Moradores, seus parentes próximos e profissionais a serviço são isentos da cobrança. O valor final muda de acordo com o período na ilha.
Novo aeroporto de Fernando de Noronha
Até quatro dias, deve-se multiplicar os R$ 101,33 pelo número de dias desejado. Entre cinco e 15 dias, o valor por dia cai um pouco. E a partir do 16º ao 30º (o período máximo permitido), acontece o inverso, e o valor por dia sobe. Para se ter uma ideia, quem fica um mês em Fernando de Noronha precisa pagar R$ 7.145,46, valor equivalente a pouco mais de 70 vezes os R$ 101,33 de um dia. E quem ficar mais tempo do que o informado no arquipélago deverá pagar uma multa, que custará o dobro do valor dos dias excedentes.
Ingresso para Parque Nacional aumentou em novembro
Em novembro de 2024, outra importante taxa para quem viaja ao arquipélago já havia aumentado. O ingresso para as áreas visitáveis do Parque Nacional de Fernando de Noronha passou a custar R$ 373 para viajantes estrangeiros e R$ 186,50 para cidadãos brasileiros. Antes os valores eram de R$ 358 e R$ 179, respectivamente, e o último reajuste aconteceu em 2022.
Assim como acontece com a Taxa de Preservação Ambiental, o ingresso para o parque nacional também tem categorias de isenção. Moradores da ilha, seus parentes de primeiro grau, pessoas escaladas para trabalhos no parque, pesquisadores autorizados, crianças menores de 12 anos e adultos (brasileiros) acima dos 60 anos não pagam o bilhete.
O ingresso, que é válido por dez dias, permite o acesso à área de proteção natural, que abrange 70% do território do arquipélago de Fernando de Noronha. Dentro dela, estão alguns dos cartões-postais fundamentais do destino, como as baías do Sancho, dos Golfinhos, dos Porcos e do Sueste, as praias do Leão e da Caieira e o Mirante da Ponta das Caracas.
A permissão de acesso, dada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é obrigatória também para quem quer fazer passeios de barco e praticar mergulho autônomo, duas das atividades mais procuradas pelos visitantes. E também é exigida para o agendamento de visitas a pontos com acesso controlado, como as trilhas para as piscinas naturais do Atalaia e o Morro de São José.
O ingresso não é necessário para acessar pontos como as praias Cacimba do Padre, do Bode, do Americano, do Boldró, da Conceição, do Meio e do Cachorro, além do Porto de Santo Antônio.