Hospital Veredas enfrenta crise com apenas dois pacientes internados e serviços paralisados
Unidade tem 270 leitos e está quase completamente fechada; sindicatos acionam o MPT
A situação do Hospital Veredas é das mais críticas já registradas na história da unidade. Com um total de 270 leitos disponíveis, a unidade possui, neste momento, apenas dois pacientes internados. Todos os serviços estão fechados, o hospital está parado. Os funcionários aguardam em casa o retorno das atividades.
Interditado pela Justiça Federal em novembro, a empresa está sendo gerenciada por uma comissão interventora que esteve reunida com representantes dos trabalhadores nesta segunda-feira (13). Embora tenha firmado acordo com a Justiça do Trabalho para apresentação de um plano de recuperação, apenas parte das ações que estão sendo realizadas foram anunciadas verbalmente aos representantes dos sindicatos.
Segundo os representantes da empresa, o quadro conta com 900 trabalhadores. Destes, cerca de 289 serão demitidos sob a alegação de “reestruturação da unidade” e devem procurar a justiça para requerer seus direitos. “Já foram demitidas 157 pessoas que sequer passaram por exames demissionais e saíram de mãos completamente vazias”, denuncia o presidente do Sateal, Mário Jorge.
Com os meses de novembro, dezembro e a segunda parcela do 13º salário de 2024, além do complemento do piso nacional da enfermagem em atraso, a empresa afirma não ter data para efetuação dos débitos, e alega que o problema ocorre por força de um bloqueio judicial de recursos, o que tem inviabilizado a compra de insumos para funcionamento dos serviços da unidade.
Os sindicatos (auxiliares e técnicos de enfermagem e enfermeiros, radiologia e trabalhadores na saúde) acionaram o Ministério Público do Trabalho. “A comissão interventora não se apresentou aos trabalhadores, ou seja, ninguém sabe quem a integra e sequer os próximos passos a serem dados pela empresa. Os funcionários estão em casa aguardando o retorno para as atividades, a comissão não possui nenhum canal de comunicação com esses profissionais, o que tem gerado ainda mais insegurança e caos”, completa Mário.
Na próxima quarta-feira (15), está marcada uma assembleia com os trabalhadores, às 10h, no hospital.