Alagoano do MinC celebra tombamento de acervo que sobreviveu ao Quebra de Xangô
Coleção Perseverança reúne 211 objetos sagrados que resistiram a tragédia em 1912, em Maceió
O Subsecretário do Ministério da Cultura (MinC), o alagoano Sandro Regueira, confirmou ao 7Segundos nesta quarta-feira (15) que o Governo Federal homologou o tombamento definitivo da Coleção Perseverança, acervo que reúne 211 objetos sagrados que resistiram ao Quebra de Xangô em 1912, em Maceió. Sandro foi uma das pessoas importantes que contribuíram para o reconhecimento da coleção.
Regueira acredita que o tombamento foi um passo fundamental para o reconhecimento nacional da tragédia ocorrida em 2 de fevereiro daquele ano. Para ele, o que ocorreu em Alagoas, terra do Quilombo dos Palmares, tratou-se do maior episódio de intolerância religiosa contra manifestações de matriz africana na história do Brasil.
"Como alagoano, sinto o dever de honrar a memória do nosso povo. Hoje, tendo a oportunidade de trabalhar com o Márcio Tavares na atual equipe do Ministério da Cultura, faço questão de relembrar esse episódio, inclusive, à nossa Ministra Margareth Menezes, mulher negra, artista e adepta das religiões de matriz africana, que sempre demonstrou grande sensibilidade sobre o assunto", disse o subsecretário.
Ele também contou que a maior responsável pelo reconhecimento foi a mobilização da sociedade civil, composta por grupos, intelectuais e agentes populares como Pai Claudevan de Ogum, Pai Célio, Mãe Mirian, Mãe Vera, Clébio Correia e tantos outros.
"Compreendo também o significado simbólico dessa conquista. Cada passo que damos para o reconhecimento dos erros cometidos no passado é também a semente plantada para um futuro mais justo, democrático, inclusivo e que jamais esqueça suas raízes", declarou Sandro Regueira.
Além de ocupar o cargo de subsecretário do MinC, Sandro também é cantor, compositor e produtor de Alagoas.
Ele citou alguns apoios que teve para colocar em pauta o tombamento da Coleção Perseverança, como do escritório estadual, coordenado por Pedro Verdino, que tem uma boa relação com a secretária de Cultura de Alagoas, Melina Freitas.
Além do respaldo acadêmico da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), e o trabalho técnico para a efetivação do tombamento, que foi realizado pela equipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
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