Lula dá bronca em Haddad após crise do Pix e diz que portarias sensíveis devem passar pelo Planalto
A declaração foi feita durante a primeira reunião ministerial do ano, que ocorre na Granja do Torto nesta manhã

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu bronca, nesta segunda-feira (20), em seus ministros mencionando, de forma indireta, a mais recente crise do Pix. Ele sinalizou ainda que quer aumentar o controle sobre atos dos ministérios.
“Daqui para frente, nenhum ministro vai poder fazer uma portaria que depois crie confusão para nós sem que passe pela presidência através da Casa Civil. Muitas vezes a gente pensa que não é nada, faz uma portaria qualquer e depois arrebenta e cai na Presidência da República”, afirmou.
Lula não mencionou Fernando Haddad (Fazenda) ou a instrução normativa da Receita Federal que ampliava a fiscalização sobre transações de pessoas físicas via Pix que somarem ao menos R$ 5.000 por mês. Mas a onda de desinformação que seguiu a publicação da nova norma fez o governo admitir derrota e recuar na medida.
A declaração foi feita durante a primeira reunião ministerial do ano, que ocorre na Granja do Torto nesta manhã. O encontro reúne todo o primeiro escalão do governo, além de líderes no Congresso, e deve durar o dia inteiro.
Está prevista entre os discursos de abertura do encontro o do novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, pela primeira vez para todo o primeiro escalão do governo. Ele tomou posse na terça-feira passada e já se envolveu a crise do Pix.
Como a reportagem mostrou, um dos seus primeiros atos à frente da pasta foi encomendar uma campanha com foco em autônomos e empreendedores, após diagnosticar grande desgaste com esse público. Na avaliação de aliados do presidente, o diálogo com o segmento já era difícil e piorou ainda mais com a disseminação de fake news sobre a taxação do Pix.
Um dos principais desafios de Sidônio, segundo integrantes do governo, será justamente de alinhar o discurso da Esplanada. Há no Palácio do Planalto um entendimento de que muitos ministros ao proporem uma medida ou tomarem uma decisão nem sempre estão alinhados com o núcleo de governo, ou seja, com o que o presidente quer.
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