Promotor contesta legítima defesa de acusado de matar a sogra e ocultar o corpo em geladeira
Promotor diz que vítima já estava imobilizada e que tese de legítima defesa não se sustenta

O júri popular de Leandro dos Santos Araújo, de 23 anos, começou nesta segunda-feira (20) no Fórum da Capital. Ele é acusado de assassinar a sogra, Flávia dos Santos Carneiros, de 44 anos, e esconder o corpo dentro de uma geladeira, com a ajuda da namorada adolescente. O caso, ocorrido em 2024 no bairro do Jacintinho, gerou grande repercussão pela crueldade e pelos detalhes da ocultação do cadáver.
Durante os debates, o promotor Marcus Mousinho pediu que os jurados rejeitem a tese de legítima defesa apresentada pela defesa do réu. Leandro afirmou ter sido xingado pela vítima, o que teria motivado a agressão. No entanto, segundo o próprio depoimento do acusado, ele imobilizou Flávia com uma gravata, popularmente conhecida como "mata-leão".
O promotor argumentou que, ao estar imobilizada, a vítima não representava mais ameaça ao agressor. Por isso, segundo ele, a ação de Leandro não pode ser enquadrada como legítima defesa. A acusação ainda citou o artigo 25 do Código Penal, que estabelece que esse tipo de defesa só se aplica em casos de agressão atual e iminente.
Outro ponto levantado pela acusação diz respeito às lesões sofridas pelo réu. Leandro alegou ter sido ferido com uma faca, mas o laudo pericial identificou apenas escoriações no cotovelo e no dedão do pé. As lesões foram classificadas como contundentes e superficiais, sem indícios de ferimentos perfurocortantes, o que contraria sua versão.
O Ministério Público apresentou também imagens chocantes do crime. O corpo de Flávia foi encontrado totalmente embrulhado, “como carne de animal na geladeira”, segundo o promotor. Ele questionou ainda o motivo de os pulsos da vítima terem sido amarrados com tanta força que quase se partiram, ressaltando que esse tipo de amarração é usado quando se quer impedir que a pessoa fuja.
O laudo cadavérico revelou dois tipos de cortes no corpo: os mais profundos, atribuídos a Leandro — 20 golpes ao todo —, e outros superficiais, que teriam sido desferidos por outra pessoa. Segundo a perícia, os ferimentos mais leves foram causados por alguém com menos força física, apontando a participação da filha da vítima, então menor de idade.
Relembre o caso
Após matar Flávia dentro da casa onde ela morava, Leandro e a então namorada, de apenas 13 anos, colocaram o corpo dentro de uma geladeira e tentaram se livrar do eletrodoméstico em uma área de mata no litoral de Maceió. O transporte foi feito por um fretista contratado, que não sabia do conteúdo e desconfiou do forte odor vindo do equipamento. Ao perceber a situação, ele denunciou o caso à polícia.
Leandro responde pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menor.
Últimas notícias

Governador cria Prêmio Escola 10, que reconhece municípios com melhores indicadores educacionais

Defesa Civil de Arapiraca recebe novos equipamentos para prevenção de desastres

Governo de Alagoas comemora chegada de empreendimento de quase R$ 100 mi ao Sertão

Ronda no Bairro intensifica ações sociais e de segurança durante o fim de semana

Polícia Civil apreende jovem suspeito de envolvimento em homicídio na Pajuçara

Mulher é presa por falsificar decisão judicial para obter distintivos policiais
Vídeos e noticias mais lidas

Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto

Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável

Colégio Santa Cecília esclarece denúncia sobre telhado caindo na unidade em Arapiraca

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'
