Homem é condenado a 50 anos de prisão por matar irmãos em ‘tribunal do crime’ em Maceió
O crime foi motivado por rivalidade entre facções criminosas e executado com extrema violência
Felipe Marques do Nascimento, conhecido como “Nel” ou “Manoel”, foi condenado a 50 anos e seis meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelos assassinatos dos irmãos Wesley Costa da Silva e Wellington Costa da Silva, mortos em maio de 2019, no bairro Benedito Bentes, em Maceió. O crime foi motivado por rivalidade entre facções criminosas e executado com extrema violência, após as vítimas serem submetidas a um chamado “tribunal do crime”.
Segundo as investigações, os irmãos foram levados a uma área de mata e mortos com golpes de arma branca, por determinação de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que atuava na região. As mortes teriam ocorrido sob a alegação de que os dois pertenceriam ao Comando Vermelho (CV), grupo criminoso rival.
Durante o julgamento, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) comprovou que o réu agiu em conjunto com outras pessoas ainda não identificadas, de forma premeditada e com crueldade. Foram apresentados laudos cadavéricos, relatórios de investigação e depoimentos de testemunhas que confirmaram a materialidade e a autoria dos crimes. A promotoria demonstrou que o crime foi cometido por motivo torpe, mediante meio cruel e com recurso que dificultou a defesa das vítimas, o que levou à condenação por duplo homicídio qualificado e associação criminosa.
A promotora de Justiça Adilza Inácio de Freitas, responsável pela acusação e representante da 42ª Promotoria de Justiça da Capital, destacou que a condenação reforça o compromisso do Ministério Público no enfrentamento à criminalidade organizada.
“Este caso representa a força da atuação do Ministério Público no combate à violência e às facções criminosas. A condenação é uma resposta firme da Justiça e um alento para as famílias das vítimas, que aguardavam por justiça desde 2019”, afirmou.
Felipe Marques do Nascimento já possuía antecedentes criminais e foi apontado nas investigações como integrante de uma organização envolvida em execuções e tráfico de drogas na parte alta da capital. O caso seguirá sob acompanhamento da Polícia Civil e do Ministério Público, que ainda buscam identificar outros envolvidos na execução dos irmãos.
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