Saúde

Uso de clareamento dental é seguro e não enfraquece os dentes, afirmam especialistas

Por 7Segundos 10/11/2025 14h02 - Atualizado em 10/11/2025 14h02
Uso de clareamento dental é seguro e não enfraquece os dentes, afirmam especialistas
A técnica, quando realizada com acompanhamento profissional, é considerada minimamente invasiva e não danifica a estrutura dental, desde que respeitados os protocolos e intervalos adequados. - Foto: Freepik

A busca por um sorriso mais branco e brilhante é uma tendência consolidada. No entanto, um questionamento frequente ronda quem deseja realizar o procedimento: o clareamento dental enfraquece os dentes? Especialistas são categóricos em afirmar que a prática é segura e não prejudica a estrutura dental quando realizada corretamente, sob orientação de um profissional qualificado.

Diante de tantas opções, os consumidores buscam recomendações e referências para fazer sua escolha. Ferramentas e portais na web, como a plataforma AvaliaMed, surgem como aliados, permitindo que o público pesquise pela avaliação dos melhores dentistas do Brasil e filtre profissionais com base em qualificações, experiências e avaliações de outros pacientes, assegurando uma decisão mais informada e confiável.

Além disso, essas plataformas também ajudam os pacientes a encontrarem profissionais mais próximos. Na AvaliaMed, por exemplo, basta filtrar por dentista em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, entre outras localidades. Assim, até mesmo marcar uma consulta on-line direto pela plataforma.

Mitos e verdades sobre a segurança do clareamento


Um dos maiores medos dos pacientes — o de que o clareamento "desgasta" o esmalte do dente — é, segundo os dentistas, um mito. O agente clareador não remove a camada de esmalte; sua ação é química, quebrando as moléculas de pigmentação que mancham o dente.

"O clareamento dental não é um procedimento abrasivo. O gel clareador atua quimicamente sobre as manchas, e não fisicamente sobre a estrutura do dente", complementa a dentista Melissa Aparecida Batoki Chad, doutoranda pela USP.

A segurança a longo prazo do clareamento dental é respaldada quando o procedimento é feito de forma ocasional, geralmente a cada 6 a 12 meses, e sob orientação profissional. O problema, alertam os especialistas, surge com o uso excessivo ou não regulamentado de produtos de alta concentração, o que sim pode levar ao enfraquecimento do esmalte e aumentar a sensibilidade.

O uso indiscriminado pode resultar em uma desmineralização superficial do esmalte, tornando os dentes mais vulneráveis a cáries e abrasões, além de causar irritação química na polpa dentária (o 'nervo' do dente), leading a uma sensibilidade aguda e, em casos extremos, danos pulpares irreversíveis.

Os cuidados essenciais para um clareamento seguro


A chave para um resultado eficaz e sem riscos está em uma série de cuidados antes, durante e após o tratamento:

● Consulta com um dentista: É fundamental passar por uma avaliação profissional antes de qualquer clareamento. O dentista irá verificar a saúde bucal do paciente, identificar possíveis contraindicações (como cáries, gengivite ou restaurações estéticas que não clareiam) e indicar o método mais adequado para cada caso.
● Escolha do método adequado: Existem basicamente duas vias seguras: o clareamento em consultório, com agentes de concentração mais alta e aplicação supervisionada, que oferece resultados mais rápidos; e o clareamento caseiro supervisionado, no qual o dentista confecciona moldeiras personalizadas e fornece um gel com concentração segura para uso domiciliar. Produtos de venda livre podem ser tentadores, mas carregam riscos se usados sem orientação.
● Controle da sensibilidade: A sensibilidade dental durante ou após o clareamento é um efeito colateral comum, mas que pode ser perfeitamente gerenciado. Dentistas recomendam produtos que incluam agentes dessensibilizantes, como o nitrato de potássio, e o uso de cremes dentais específicos para dentes sensíveis.
● Cuidados pós-clareamento: Para prolongar os resultados e proteger os dentes, é recomendável evitar alimentos e bebidas com corantes intensos (café, chá, vinho tinto) nas primeiras 48 horas após o procedimento. Manter uma higiene bucal impecável e realizar consultas regulares de manutenção com o dentista também são práticas essenciais.

O perigo da "bleachorexia": a busca obsessiva pelo branco


Os especialistas alertam para um comportamento crescente e preocupante: a bleachorexia. O termo se refere a uma condição obsessiva, relacionada a um transtorno de imagem, em que a pessoa realiza clareamentos repetidas vezes em um curto espaço de tempo, ignorando as recomendações profissionais.

"Fazer mais de um procedimento ao ano pode causar problemas sérios, como erosão dos dentes, sensibilidade dental e irritações na gengiva e na mucosa oral. Além disso, o uso excessivo de peróxido de hidrogênio pode causar quebra de proteínas da dentina, provocando danos irreversíveis à estrutura dental", adverte Melissa Chad.

Nesses casos, a intervenção pode envolver não apenas o dentista, mas também acompanhamento psicológico, com terapias como a cognitivo-comportamental (TCC), para tratar a raiz do problema, que é a insatisfação com a autoimagem.

Tecnologia a favor do conforto e da eficácia


A odontologia segue inovando para tornar os tratamentos mais eficazes e confortáveis. Em 2025, técnicas como o clareamento a laser ou com luz LED (como o sistema Zoom) ganham espaço nos consultórios. Essas tecnologias, muitas vezes associadas a géis de alta performance como o Titanium Nitro, ativam o agente clareador, potencializando seus efeitos e reduzindo o tempo de aplicação, o que pode resultar em menor sensibilidade para o paciente.

Assim, o caminho para um sorriso mais branco é seguro quando percorrido com o mapa fornecido por um dentista de confiança. O clareamento dental, longe de ser um vilão para a saúde bucal, é um procedimento científico e controlado que, respeitando seus limites, ilumina sorrisos sem comprometer a integridade dos dentes.