Justiça

Economia de materiais e espaço são vantagens da digitalização dos processos

Comarca de Porto Calvo possui o acervo das duas varas completamente virtualizados, há cerca de um ano e meio

Por 7Segundos, com Assessoria 11/07/2018 07h07
Economia de materiais e espaço são vantagens da digitalização dos processos
Digitalização dos processos traz mais espaço físico e conforto para os servidores - Foto: Assessoria

As vantagens da virtualização vão além da celeridade no andamento dos processos. A economia de papel, tinta para impressão e espaço são alguns dos ganhos com a digitalização completa do acervo processual que obtiveram as duas varas da Comarca de Porto Calvo, da 2ª entrância, na região Norte de Alagoas.

De acordo com o juiz titular da 1ª Vara de Porto Calvo doFórum Domingos Fernandes Calabar, João Paulo Martins, antes da digitalização era necessário trocar o tonner de tinta da impressora quase todo mês. “Eu não lembro da última vez que o tonner dessa impressora foi trocado, porque a gente praticamente não imprime mais nada”, contou.

Com menos papel, há mais economia, espaço físico e conforto para os servidores. "A gente trabalhava com aquelas pilhas de processos, pilhas de papel dentro da secretaria e pouco espaço. Hoje se você for passar na secretaria não verá um processo, o espaço é para que as pessoas realmente trabalhem. Então, nós tivemos um ganho de espaço e comodidade no trabalho e de economia”, comentou o magistrado.

O juiz lembra também que, além da agilidade, a virtualização trouxe mais qualidade para a saúde dele e dos servidores. "Na época da correição, de olhar processo suspenso e sobrestado há mais tempo, todo mundo trabalhava de máscara. Tive algumas crises de asmas, enquanto trabalhava e depois da digitalização, isso acabou”.

A virtualização na comarca foi viabilizada pelo trabalho em equipe, que concluiu o procedimento há cerca de um ano e meio. Antes, os servidores tinham receio de que o processo digital fosse mais complicado, como explica a escrivã Maria José Venâncio, que participou de todo o processo de digitalização.

"No início passamos por alguma temerosidade, no sentido de achar que um processo digital iria complicar a visualização na tela, mas hoje nos acostumamos, e creio que todos os servidores que aqui trabalham, jamais trocariam um processo digital por um físico”, ressaltou.

100% de virtualização até o final do ano em todo o estado

O desembargador Domingos de Araújo Lima Neto, coordenador-geral do Comitê Gestor de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), é o responsável por todo o processo de digitalização no estado. De acordo com ele, a meta da gestão do presidente Otávio Praxedes é de que, até o final do ano, as comarcas de Alagoas estejam todas virtualizadas.

“A virtualização precisa ter todos os processos digitalizados, tanto os que entram, como o acervo. Isso foi feito, de forma pioneira, na Comarca de Maribondo. E daí, partiu-se para todo o acervo do Judiciário alagoano. Hoje, eu posso dizer que nós temos mais de 80% do nosso acervo totalmente digitalizado, e a meta da administração é chegar ao final do ano com 100% do estado já com os processos virtualizados”, concluiu o desembargador.