Na contramão do resto de país Alagoas reduz taxa de mortalidade infantil em 2016
Taxa de mortalidade infantil sobe pela primeira vez em 26 anos no país
A taxa de mortalidade infantil no Brasil subiu pela primeira vez, no ano de 2016, desde 1990. Os dados foram obtidos com o Ministério da Saúde. Alagoas é um dos sete Estados da Federação que conseguiu reduzir as taxas de mortalidade durante esse período.
A epidemia do zika vírus e a crise econômica são apontadas pela pasta como causas do crescimento. A primeira, pela queda de nascimentos – o que traz impacto no cálculo da taxa de mortalidade – e de mortes de bebês por malformações graves.
Já a recessão da economia estaria associada às mortes infantis evitáveis, como aquelas causadas por diarreias e pneumonias. Estas enfermidades são influenciadas pela perda de renda das famílias, estagnação de programas sociais e cortes na saúde pública.
Os únicos estados com redução de taxas em 2016 foram Alagoas, Rondônia, Acre, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal. No Brasil, a taxa de mortalidade de 2016 ficou em 14 óbitos infantis a cada mil habitantes, um aumento próximo de 5% sobre o ano anterior, retomando índices similares aos dos anos 2014 e 2013.
Os dados mostram que vinte estados tiveram alta na mortalidade infantil em 2016. Os estados da Bahia, Amapá, Amazonas, Pará, Piauí e Roraima tiveram taxa de mortalidade média de 19,6 e aumento de 14,6% comparado a 2015. O índice é equivalente a três vezes a alta nacional.