Índice de mortalidade infantil em Alagoas tem redução de mais de 12% em 2017
Ministério da Saúde aponta redução gradativo do número de mortes a cada mil nascidos vivos no Estado nos últimos três anos

O Estado de Alagoas registrou uma queda gradativa nos índices de mortalidade infantil registrados entre 2014 e 2017, de acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Segundo o levantamento referente ao ano passado, o índice de mortes a cada mil crianças nascidas vivas em Alagoas foi de 13,40, uma queda de 12,27% em relação ao ano anterior.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, em 2014, esse índice chegava a 15,04 mortes a cada mil nascidos vivos. Em 2015, o número registrado foi de 14,65, passando para 13,97 em 2016 e 13,40 em 2017. A redução nas taxas de mortalidade, na avaliação da Secretaria de Estado da Saúde, são o reflexo de políticas públicas e investimentos feitos na área, ao lado de iniciativas como a instalação do Núcleo para a Primeira Infância, ampliação de leitos neonatais, aquisição de equipamentos e fortalecimento da Saúde nos municípios do interior do Estado por meio do repasse de recursos e qualificação de pessoal.
“Temos estimulado às mulheres a realizarem o pré-natal, criando a oferta de testes rápidos e, com isso, temos conseguido diminuir a transmissão vertical do vírus HIV. Estas medidas buscam garantir acolhimento e captação precoce da gestante, além de ampliar o acesso aos serviços de saúde e melhorar a qualidade do pré-natal”, afirmou Alessandra Viana, coordenadora do Núcleo da Saúde para a Primeira Infância da Sesau.
Ela ressaltou que, anteriormente, o óbito infantil era considerado uma fatalidade, mas, atualmente, este olhar foi modificado. Isso porque, a gestão estadual tornou mais sensível à ampliação do acesso aos serviços de saúde e a qualificação da Rede de Atenção à Saúde, que vai desde a gestação, passando pelo parto até o bebê completar um ano de vida. “Com um olhar humanizado e voltado para a primeira infância, estamos conseguindo mudar indicadores que se refletem em melhores condições de saúde para este público”, salientou.
Amamentar e Doar
Mas além as ações implementadas pela Sesau, uma medida que contribui para a redução da mortalidade infantil é a amamentação. “O leite humano é alimentação perfeita para todas as crianças. Ele é considerado completo e suficiente para garantir o bom desenvolvimento do bebê até completar dois anos. Quem mama no peito recebe uma rica composição de nutrientes, além de um produto de fácil digestão, que é completamente absorvido pelo organismo”, explicou.
Exemplo
Maria Karolline dos Santos, de 29 anos, é mãe de um bebê, de apenas sete meses, e doadora de leite materno durante esse tempo. Para iniciar o processo de doação, ela foi até o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Universitário de Maceió, onde recebeu orientação de que poderia doar o leite e evitar os incômodos do “empedramento” no seio.
De acordo com ela, semanalmente, uma equipe do hospital vai buscar o leite na sua casa. Ela disse, ainda, se sentir feliz por ajudar mães que passam por dificuldade para amamentar seus filhos. “Como eu produzo alimento para minha filha, e ela é gordinha, saudável e inteligente. Pretendo continuar doando leite enquanto estiver amamentando. Fico feliz em poder ajudar e incentivo outras mulheres a doar”, salientou Maria Karolline dos Santos.
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