Estudo mostra que 75% dos idosos dependem exclusivamente do SUS
Pesquisa de R$ 7 milhões financiada pelos Ministérios da Saúde e de Ciência revelou que 83% realizou ao menos uma consulta e 10% foi hospitalizado
Mais de 75% dos idosos brasileiros dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com estudo divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (1º).
O Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) mostrou que 83% realizaram pelo menos uma consulta médica nos últimos 12 meses e 10% foram hospitalizados uma ou mais vezes.
Quase 40% dos idosos possuem ao menos uma doença crônica e 30% apresentam duas ou mais, como diabetes, hipertensão e artrite. Portanto, ao todo, 70% dos idosos dispõem de alguma doença crônica.
De acordo com pesquisas anteriores promovidas pelo Ministério da Saúde, 25% dos idosos têm diabetes, 57% hipertensão, 19% obesidade e 67% excesso de peso (que inclui obesidade e sobrepeso). As doenças crônicas são responsáveis por mais de 70% das mortes do país, segundo a pasta.
A pesquisa apontou também que 85% da população com 50 anos ou mais vive em área urbana. Entre os relatos sobre hábitos de comportamento, 43% dos idosos disseram ter medo de cair na rua.
O estudo foi realizado sob a coordenação da professora Maria Fernanda Lima-Costa, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de Minas Gerais, com pessoas com 50 anos ou mais em 70 cidades nas cinco regiões do país entre 2015 e 2016. Não foi informado o número de pessoas entrevistadas.
Segundo o Ministério, embora consideram-se idosos aqueles acima de 60 anos, pessoas com 50 anos foram incluídas na pesquisa para análise da transição entre os períodos reprodutivo e de aposentadoria.
“Mais de 80% da população se diz satisfeita com a atenção que ela recebe. Então ter um sistema público de saúde universal é extremamente importante. O SUS possui bons indicadores de resolutividade, então é necessário que se preserve o sistema que é modelo para o mundo. Se você melhora a condição de saúde da população, você também aumenta a longevidade no trabalho", afirmou a pesquisadora, por meio de nota.
O estudo custou R$ 7,3 milhões, sendo R$ 4,2 milhões provenientes do Ministério da Saúde e R$ 3,1 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
O Brasil tem 29,3 milhões de idosos, o que corresponde a 14,3% da população, de acordo com o Ministério da Saúde. A projeção é que, em 2030, o número de idosos supere o de crianças e de adolescentes entre 0 a 14 anos. Nos últimos 70 anos, a média de vida do brasileiro aumentou 30 anos, passando de 45,4 anos, em 1940, para 75,4 anos, em 2015.
“Temos que cuidar da saúde dos brasileiros desde a infância para que tenham uma vida cada vez mais saudável. Isso significa voltar nossas ações para uma alimentação saudável, para a promoção de atividades físicas, inibir o consumo do álcool e do tabaco, e ainda para as pessoas com idade acima de 60 anos, oportunizar o diagnóstico de doenças de forma cada vez mais precoce. É dessa maneira que podemos oferecer à nossa população um envelhecimento saudável”, afirmou o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, por meio de nota.
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