CISPs Tipo I vão garantir segurança de mais de meio milhão de alagoanos
Cinco novas unidades estão em fase final de construção e devem ficar prontas até o final deste ano, totalizando 21 em funcionamento
Em 2016, o Governo de Alagoas dava início ao projeto de inaugurar equipamentos que conseguissem integrar as polícias Civil e Militar em um mesmo ambiente e assim contribuir ainda mais para o combate ao crime. Prestes a completar dois anos da inauguração do primeiro Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), Alagoas chega à marca de 16 unidades, além de cinco em construção, que quando prontas todas garantirão a segurança de mais de 530 mil alagoanos.
Olhando para o mapa de Alagoas é possível ver a preocupação com a reestruturação das polícias e a melhora da sensação de segurança a partir da interiorização do aparato policial. Os Centros Integrados hoje estão distribuídos em todas as regiões do Estado de forma estratégica.
Os municípios contemplados com Centros Integrados têm incremento policial, dobrando o efetivo de policiais civis e militares que atuam na localidade e também passam a contar com o policiamento realizado pela Força Tarefa de Segurança. O programa foi lançado em 2017 e paga aos policiais em suas folgas R$ 120 por cada serviço realizado, o que valoriza ainda mais os servidores da Segurança Pública de Alagoas.
Os resultados da instalação das unidades também contribuem para o novo momento da Segurança Pública alagoana, com redução de homicídios e de outros crimes, o que tirou o Estado dos rankings de violência no país.
De acordo com o Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac), da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), há municípios que reduziram quase 70% o número de homicídios após a instalação do CISP. Em Cajueiro, os homicídios caíram de 14, no ano de 2017, para quatro até setembro de 2018, uma redução de 69,2%.
Em São José da Laje foram registrados 22 homicídios no ano passado e, até outubro deste ano, ocorreram 11, uma queda de 50%. A mesma coisa ocorreu em Viçosa, que caiu de 16 homicídios registrados em 2017 para oito este ano. Em Junqueiro, os assassinatos caíram de 10, em 2017, para quatro este ano.
Os crimes contra o patrimônio (CVP) também tiveram queda. Em Murici, o percentual de redução foi de 39,2%, em Viçosa, 47,8% e, em Junqueiro, de 16,3%.
Ao todo, já foram investidos R$ 22.992.218,88 milhões na construção de 16 unidades do Tipo I. Já as unidades que tem previsão de entrega ainda este ano somam R$ 9.159.023,60 milhões. Somando todos os valores, o Governo do Estado já investiu R$ 32.151.242,48 milhões de recursos próprios nos CISPs Tipo I.
Para o secretário da Segurança Pública, Lima Júnior, os CISPs também possuem uma importante relevância no que diz respeito ao funcionalismo público, já que por se tratarem de prédios novos e modernos, resgatam a autoestima dos policiais civis e militares que trabalham neles. Ele também destaca a valorosa atenção do Executivo Estadual em investir na Segurança Pública de Alagoas em várias frentes, o que se torna decisivo nos resultados obtidos.
“Sempre digo aos policiais que vão atuar nos CISPs que eles precisam valorizar o investimento feito. Há anos os prédios da Segurança Pública não recebiam investimentos e hoje temos um verdadeiro canteiro de obras. Todos esses avanços contribuem para alcançar resultados expressivos no combate ao crime em Alagoas”, disse.
Para o comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Marcos Sampaio, um dos fatores preponderantes para o sucesso dos Centros Integrados foi a integração das forças policiais. Ele também ressalta os benefícios à população que passa a contar com mais segurança e unidades onde pode buscar informações e outros serviços.
“A experiência do CISP I foi bastante positiva e aumentou a integração entre as instituições da Segurança Pública no Estado de Alagoas, possibilitando à sociedade algo inédito que é o contato com o ciclo completo das polícias, facilitando a atividade policial e beneficiando a sociedade que tem à sua disposição os serviços prestados em um único ambiente”, destacou.
O delegado-geral, Paulo Cerqueira, lembra que antes dos CISPs a população tinha mais dificuldade em acessar os serviços policiais e as corporações não atuavam juntas, o que atrapalhava o trabalho de repressão ao crime. Com a integração das polícias num mesmo ambiente, a atuação ficou fortalecida e contribuiu para a redução de crimes e resolução de casos.
“Isso fez com que aumentasse o efetivo de três policiais militares para 12, e três viaturas. A Polícia Civil - que tinha um ou dois agentes - hoje tem nove policiais e uma viatura à disposição. Isso fez com que houvesse evidentemente redução dos crimes, principalmente os mais violentos e de maior repercussão. A sociedade se acostumou a encontrar no Centro Integrado as polícias e isso marca o início de uma nova forma de gestão integrada. No CISP o delegado se reúne com o oficial e já traça um planejamento para ações futuras que serão necessárias para a redução da criminalidade”, completou.