Consuni aprova cotas em programas de pós-graduação da Ufal
A resolução foi comemorada por estudantes com deficiência e representantes dos movimentos negros

Em sessão extraordinária do Conselho Universitário (Consuni), realizada nesta segunda-feira (10), foi aprovada a resolução que estabelece cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência nos programas de pós-graduação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O debate durou mais de três horas e foi incluído na pauta do Conselho pela segunda vez .
A minuta foi fundamentada em legislações e resoluções da Universidade que definem as políticas de ações afirmativas. Pelo documento aprovado, os programa de pós-graduação stricto sensu e lato sensu da Ufal devem reservar vagas na seguinte proporção: 20% para negros; 10% para indígenas e 10 % para candidatos com deficiência. A minuta define os critérios para o reconhecimento do direito às cotas.
A resolução foi debatida na data em que se comemora os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A aprovação por unanimidade foi comemorada com aplausos e destacada pelo vice-reitor José Vieira como um marco importante para a reparação histórica das discriminações enfrentadas pelos segmentos contemplados com a reserva de vagas. “Hoje, 130 anos após a abolição da escravatura, a Ufal deu mais um passo para superar a dívida social histórica com o povo negro deste país”, declarou Vieira.
A reitora Valéria Correia destacou a construção coletiva da proposta em comissão coordenada pela professora Lígia Ferreira, do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (Neab), em parceria com o Núcleo de Acessibilidade (Nac). “Agradeço aos movimentos negros aqui presentes, aos estudantes, aos professores que fizeram parte da comissão, em especial à professora Lígia. Agradecemos aos conselheiros pelo profundo debate deste tema. Hoje, dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Ufal escreve um capítulo importante da sua história”, ressaltou a reitora.
Muito emocionada, após o intenso trabalho para formular a resolução e adequar as adaptações propostas pelos conselheiros, a professora Lígia Ferreira agradeceu o envolvimento da comunidade universitária na defesa das políticas de ações afirmativas. “A palavra que me vem à mente é Ubuntu, sempre: o que eu sou, nós somos, o que nós somos, eu sou! Quero agradecer a essas pessoas comprometidas com esse projeto de universidade, de fato, socialmente referenciada, que vai produzir etnociência. Nós precisamos disso”, comemorou a diretora do Neab.
Veja também
Últimas notícias

Último vídeo de entregadora antes de morrer em acidente com caminhão comove Maceió

Presidente do Equador sofre tentativa de assassinato, diz governo

DMTT celebra formação pioneira com equipe própria e reforça compromisso com a segurança viária

Senadora Dra. Eudócia preside audiência sobre financiamento de pesquisas e terapias inovadoras contra o câncer

Deputado Fabio Costa vota a favor de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil

Alfredo Gaspar tem projeto de segurança para táxis e apps aprovado
Vídeos e noticias mais lidas

Homem confessa que matou mulher a facadas em Arapiraca e diz ela passou o dia 'fazendo raiva'

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca
