Melhorias na segurança elevam AL a 3ª posição entre mais competitivos do NE
Ao lado da Solidez Fiscal, setor aparece no Ranking de Competitividade
A solidez fiscal de um estado, ou seja, sua eficácia em manter o orçamento em dia e equilibrado sem deixar de promover investimentos para os diferentes setores, tem configurado Alagoas em uma posição estratégica e de destaque diante do mercado de negócios nacional. Contudo, outro fator que gradativamente ganha participação nesta disputa contínua pela liderança da competitividade e atração de novos empreendimentos para uma localidade, sobretudo ligados ao turismo, é o índice das ações de segurança pública.
Enquanto estados do Nordeste como Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará apresentaram crescimento na taxa de homicídios em 2017, Alagoas conquistou a sexta maior redução do país entre os anos de 2007 e 2017, segundo o Atlas da Violência (2019). Paralelo a este resultado, o principal programa de incentivos fiscal do Estado e um dos mais competitivos do país, o Prodesin, foi modernizado e a partir de 2016 passou a oferecer redução de até 92% sob o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Neste novo movimento de interdependência e sintonia entre os setores ligados a redução de violência e a promoção do desenvolvimento econômico, posicionar-se bem diante do cenário competitivo de mercado se tornou prioridade entre os estados. Alagoas sai na frente em vários setores desta disputa. De acordo com a última avaliação do Ranking de Competitividade (2018), ele ocupa o melhor resultado do país no quesito Solidez Fiscal e subiu sete posições na área de Segurança Pública, garantindo ao Estado a 16ª posição do país e a 3ª do Nordeste no ranking.
O conjunto destas atividades tem aumentado não apenas o nível de mercado em si, mas, principalmente, o grau de exigência das empresas ao analisarem os fatores necessários para se instalar e investir em determinada região. No segmento de turismo, a rede de hotéis Flix – empreendimento incentivado pelo Governo do Estado - optou por Maceió como destino estratégico para expansão das suas atividades, como detalha o diretor do grupo em Alagoas, Thayro Cavalcante.
“A escolha aconteceu naturalmente diante do forte crescimento de toda cadeia do turismo no estado, além do fato de Maceió se tornar e permanecer como um destino muito procurado não só pelos brasileiros, mas pelo público da América do Sul. O apoio do Governo seja em segurança pública, incentivos fiscais, infraestrutura, pontos turísticos, capacitação foi fundamento para decisão de investir nesta região”, explicita o diretor.
Valor agregado
Encabeçado pelo mercado consumidor, logística, infraestrutura, segurança pública e mão de obra qualificada, o diferencial competitivo de um Estado agrega vantagens e benefícios exclusivos a serem ofertados para potenciais clientes, ou neste caso, potenciais investidores.
Para o economista Lucas Sorgato, Alagoas se posiciona, principalmente no segmento turístico, não apenas por meio de seus atrativos naturais, mas pela consolidação de uma base hoteleira e gastronômica consistente e de qualidade aliado a melhorias na redução da violência.
“A importância da segurança pública é inegável para a competitividade. Vemos estados como o Rio de Janeiro passando por situação problemática de violência, que tem afetado não apenas o setor turístico, como a indústria e o mercado de serviços. Fazendo um contraponto com Alagoas, as diversas ações realizadas nos últimos anos em segurança pública tem ajudado a deixar a região mais atrativa para as empresas, aliado, claro, a já consolidada localização estratégica que favorece muito o âmbito da logística e um programa de benefício fiscal extremamente interessante”, esclarece Lucas Sorgato.
O diálogo construído por meio do fortalecimento das ações de segurança pública e redução da violência refletem diretamente no desenvolvimento econômico do Estado, em especial, sob duas vertentes. É o que salienta o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito.
“Logo de cara, a retirada de Alagoas do ranking dos estados mais violentos do país tem refletido positivamente no crescimento do setor de turismo. É evidente que no momento de tomada de decisão para uma viagem de férias com a família ou amigos, a violência é motivo fundamental para que as pessoas escolham seu destino. O segundo ponto de influência da segurança pública é a atração de novas indústrias, já que qualquer empresário, seja dentro ou fora do país, não investe em estado que não consegue controlar sua violência”, destaca o secretário.