Mãe de ex-jogador, Ronaldinho Gaúcho morre de covid-19, em Porto Alegre
Ela estava internada no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, desde dezembro do ano passado.
Nesse sábado (20), Dona Miguelina, mãe do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, morreu aos 71 anos, em decorrência de complicações da covid-19. Ela estava internada no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, desde dezembro do ano passado.
Segundo uma pessoa próxima da família, ouvida pela reportagem, Dona Miguelina chegou a ter uma breve evolução, mas teve o quadro piorado nos últimos dias em razão de uma infecção. A família foi chamada, mas a mãe de Ronaldinho Gaúcho morreu no final da tarde de ontem.
Ronaldinho ainda não chegou ao hospital, mas dois irmãos dele (Roberto Assis, também empresário do jogador, e Deise Moreira) estão no local.
A informação da internação de Dona Miguelina tinha sido divulgada pelo próprio ídolo do futebol em dezembro, através de uma publicação através das redes sociais.
"Queridos amigos, minha mãe está com covid-19 e estamos na luta para que ela se recupere logo. Ela está no centro de tratamento intensivo, recebendo todos os cuidados. Agradeço desde já as orações, as energias positivas e o carinho de sempre. Força mãe", disse Ronaldinho em dezembro.
Até o momento, no entanto, o ex-jogador da seleção não se pronunciou oficialmente a respeito da morte da mãe. No entanto, Ronaldinho trocou a foto em seu perfil do Instagram por uma imagem escura que sugere luto.
A notícia da morte de Dona Miguelina gerou reação imediata nas redes sociais. Alexandre Kalil, atual prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético-MG, na época em que Ronaldinho atuou no clube, manifestou solidariedade ao ex-jogador.
O Atlético-MG tem uma relação especial com a mãe de Ronaldinho. Em 2012, na época em que o astro defendia o clube de Minas Gerais, a torcida do Galo levou aos estádios uma enorme bandeira com o rosto de Dona Miguelina, que enfrentava a recuperação de um câncer na oportunidade.
A covid-19 em Porto Alegre
A morte de Dona Miguelina, mãe do jogador Ronaldinho Gaúcho, ocorreu um dia após Porto Alegre ser classificada como bandeira preta, considerada a fase mais restritiva de combate ao coronavírus. Segundo o governo do Estado, a bandeira preta indica altíssimo risco para esgotamento da capacidade hospitalar e velocidade de disseminação do vírus.
Na sexta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou a suspensão geral de atividades em todo Estado das 22h até as 5h - a contar de hoje. Além disso, uma série de serviços considerados não essenciais não podem mais funcionar. Entre eles, está comércio varejista e atacadista - nas ruas e centros comerciais - academias, clubes, salões de beleza e petshops.
Porto Alegre registrou até agora 85 mil casos de covid e 2.296 mortes, conforme dados do governo estadual. Na cidade, a taxa de ocupação dos 21 hospitais que atendem pacientes com covid-9 está em 84,1%. Há 889 pessoas internadas com a confirmação da doença e outras 152 são casos suspeitos. Os dados são das 21h30 deste sábado.
No Hospital Mãe de Deus, onde Miguelina estava internada, estão internados 40 pacientes com covid e outros 44 com suspeita para a doença. A taxa de ocupação na unidade de saúde nos leitos de UTI adulto é de 96,7%.