Tiro que matou jovem grávida pode ter partido de policiais, diz OAB
Reprodução simulada está marcada para a próxima quarta-feira (14)
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) teve acesso ao lado cadavérico da jovem Kathlen Romeu, que morreu após ser baleada durante um confronto entre policiais militares e traficantes no Lins, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Segundo o advogado da OAB que acompanha o caso, Rodrigo Mondego, há fortes indícios de que o tiro pode ter partido do beco onde estavam os policiais. A morte da jovem completou um mês na última quinta-feira (08).
A localização dos PMs foi confirmada pela avó da vítima em testemunho. Uma reprodução simulada foi marcada para a próxima quarta-feira (14). A avó, que estava com Kathen no momento em que ela foi baleada, participará da reconstituição. Os policiais envolvidos no caso formam intimados a comparecer. A investigação da Delegacia de Homicídios da Capital pretende descobrir de onde e de quem partiu o tiro que matou a jovem de 24 anos que estava grávida de 13 semanas.
O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu dois inquéritos sobre o caso. Um apura a morte da jovem. Já o outro pretende descobrir se houve abuso policial dos PMs envolvidos. Avó, mãe e pai já foram ouvidos pelo MPRJ no mês passado.
A PM alega que reagiu ao ataque de bandidos.
Os pais da designer de interiores Kathlen informaram à CNN que vão processar o governo do estado do Rio de Janeiro pela morte da filha.
A CNN procurou a Polícia militar para comentar o laudo, mas ainda não teve retorno. Também questionamos a polícia civil sobre as investigações e aguardamos retorno.