Carne bovina vai ficar mais cara com o fim do embargo chinês
O maior comprador do produto nacional no mundo anunciou nesta quarta-feira (15) que voltará a receber as cargas brasileiras
O fim do embargo chinês às carnes brasileiras é uma boa notícia para a economia nacional, mas vai ser difícil convencer a população de que ela levou alguma vantagem com a informação divulgada nesta quarta-feira (15). "Naturalmente, esses produtos vão ficar mais caros nos açougues e supermercados daqui. Aumenta a demanda, sobe o preço para o consumidor final", diz o analista econômico e mestre em inovação Caio Sanas.
Os embarques para a China, que compra 56% da produção de carne nacional, foram suspensos em 4 de setembro após o Brasil identificar dois casos da doença da vaca louca em seus pastos.
Sanas explica também por que durante o embargo da China a carne não ficou mais em conta no Brasil.
"O consumidor final não sentiu essa redução porque o custo dos insumos, como a alimentação dos animais, subiu e elevou o preço para os produtores rurais. Por isso o varejo não percebeu a variação."
Ele lembra que em outubro ocorreu uma ligeira queda, de 0,31%, no valor cobrado pelo comércio. O dado foi divulgado no IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em doze meses, segundo o Procon-SP, os cortes de primeira subiram 13,68%, acima da inflação oficial, que acumula alta de 10,74% até novembro. As carnes de segunda tiveram 8,17% de alta no mesmo período.
O economista e especialista em direito ambiental econômico Alessandro Azzoni vê um lado positivo para o consumidor final: a curto prazo, e por pouco tempo, a carne poderá até ficar mais barata.
"A China liberou o certificado sanitário internacional apenas a partir de 15 de dezembro. Ou seja, os que foram emitidos desde 4 de setembro até essa data não serão aceitos. Isso significa que o mercado brasileiro tem um estoque grande para garantir o próprio abastecimento, o que pode levar a uma redução de preços nesses lotes que ficarão por aqui", analisa.
"Agora, após esse período, em janeiro, fevereiro do ano que vem, a tendência é que essa carne volte a ser exportada em maior ritmo e a oferta interna diminua, o que leva ao aumento para o consumidor", finaliza Azzoni.
Veja também
Últimas notícias
STF conclui votação que proibe realização de aborto por enfermeiros
Servidores do Poder Executivo Estadual têm feriado prolongado na próxima semana
Prefeita Tia Júlia assina Ordem de Serviço para construção de Centro Educacional Infantil
Saiba quais são as unidades da rede estadual de saúde que ofertam serviços odontológicos
MEC permitirá uso das três últimas notas do Enem no Sisu 2026
Moraes autoriza Mauro Cid a comparecer ao aniversário da avó
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
