Meio ambiente

Nasce em Porto de Pedras 1º filhote de peixe-boi em recinto de aclimatação no mundo

Nascimento ocorreu nesta terça-feira (26)

Por 7Segundos, com Assessoria 26/04/2022 16h04
Nasce em Porto de Pedras 1º filhote de peixe-boi em recinto de aclimatação no mundo
Filhote nasceu em recinto localizado em Porto de Pedras - Foto: Assessoria

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que nasceu nesta terça-feira (26), em Porto de Pedras, no Litoral Norte de Alagoas, o primeiro filhote de peixe-boi em recinto de aclimatação, e até onde se sabe, é o primeiro no mundo.

A filhote nasceu no recinto de aclimatação do ICMBio (APA Costa dos Corais e CMA) em Porto de Pedras. O animal é o tão esperado filhote da peixe-boi Paty. A nova mamãe, é uma fêmea adulta de peixe-boi-marinho, que foi resgatada em 2014, ainda filhote, no litoral norte de Alagoas, na Praia de Pratagy.

À época, o resgate foi feito pelas equipes do ICMBio, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), APA Costa dos Corais e parceria do Instituto Biota de Conservação. No início da reabilitação, Paty teve sérios problemas de saúde, os quais foram tratados pela equipe veterinária do ICMBio, permitindo que ela ficasse saudável e pudesse ser solta na natureza.

O ICMBio informou que Paty foi transferida para Porto de Pedras em 2019, onde permaneceu no recinto de aclimatação junto com Raimundo, pai do filhote, solto no rio Tatuamunha em novembro de 2021. Durante a soltura, a equipe suspeitou que Paty estava muito “cheinha” e possivelmente prenha, sendo suspensa a soltura dela, prevista para 2021, bem como qualquer manejo clínico.

O ICMBio por meio da equipe da APACC e CMA, começou um intenso monitoramento da Paty e da gestação. Inclusive, com acompanhando do comportamento e a vocalização da fêmea, por meio de parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

O órgão ambientou ressaltou nas redes sociais que esse nascimento vem trazer ao Projeto Peixe-Boi a oportunidade de desenvolver pesquisas sobre a reprodução da espécie, comportamento e saúde, além da sensibilização ambiental da população em relação ao peixe-marinho, espécie ameaçada de extinção no Brasil.