Advogada de Karoline Lima rebate acusações de Militão: 'R$ 6 mil para quem ganha milhões não é nada'
Gabriella Garcia disse que a defesa do jogador não precisava ofender a modelo, como fez, na ação de pensão alimentícia
Gabriella Garcia, advogada de Karoline Lima, usou as redes sociais, na noite desta terça-feira (18), para comentar o processo de pensão alimentícia aberto por Éder Militão. A especialista avalia que o tom usado pela defesa do jogador contra a mãe de sua única filha, Cecília, de 3 meses, é desrespeitoso e hostil.
"Tivemos acesso aos autos e tudo o que foi divulgado na imprensa é, de fato, o que está sendo alegado na petição inicial", começou ela.
A jurista alega que o problema não é o valor da pensão, mas, sim, a forma como trata Karoline. "O pai pode entender que ele tem que pagar R$ 6.000 para a filha e aí a gente se defende, não tem problema nenhum. O grande problema desse caso é que essa oferta de alimentos virou um ambiente completamente hostil. Um ambiente que se fala de utilizar filhos como empresa e de aposentadoria precoce. Nenhuma mulher precisa ouvir que está dando um golpe e ser chamada de interesseira indiretamente ou quase que diretamente. Isso é um abuso, uma afronta", disse.
Gabriella lembrou que Karol não é a única a passar por isso. Assim como a modelo, outras milhares de mulheres passam pelo mesmo, mas às vezes não tem dinheiro para contratar um advogado para defendê-las.
"Não é sobre o valor da pensão. Nos espantou o caráter ofensivo do documento. É uma oferta de alimentos, não precisa vir em tom de ofensa, dizendo que a mãe é uma aproveitadora. Não estou recriminando o fato do pai já oferecer os valores que ele acha que precisam ser pagos, disso iremos nos defender e contra-argumentar".
Quanto a pensão, a doutora explicou que a criança precisa receber o mesmo valor que teria se morasse na mesma casa com a mãe e o pai. "Vi muitas pessoas dizendo: 'Ué, mas R$ 6.000 não é o suficiente para cuidar de um bebê'. Quando falamos em pensão alimentícia, o pai ou alimentante não paga apenas a alimentação da criança. A pensão é para que o bebê tenha uma vida tal qual teria se ainda morasse com os dois pais. É feito um balaço entre as necessidades da criança com as possibilidades de pagamento do pai", disse.
Gabriela ainda fez um comparativo: "O que precisam entender é que R$ 6.000 para um alimentante que ganha R$ 10.000 é muita coisa. R$ 2.000 para alguém que ganha R$ 3.000 é muita coisa. Entretanto, R$ 6.000 para um alimentante que ganha alguns milhões não é nada. Não estamos falando de luxos, estamos falando sobre manter o mesmo padrão de vida".
Por fim, a advogada rebateu a alegação de Militão de que Karoline engravidou "quase que instantaneamente" pegando ele de surpresa. "Não foi uma surpresa. Cecília foi idealizada pelo casal e todos sabem disso. Karol não está se negando também a arcar com custos de sua filha. Ela mudou completamente sua vida, foi para a Espanha, perdeu contratos, passou por uma situação completamente diferente que tinha no Brasil, mas nem por isso foi atrás de pensão para ela. Então não venha chamar minha cliente de interesseira porque ela não é", completou.