Lula critica presidente chileno por cobrar condenação da Rússia
Presidente afirmou que não tem que concordar com a opinião de Gabriel Boric

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o presidente chileno, Gabriel Boric, por ter pedido que países latino-americanos e da União Europeia sejam mais enfáticos na condenação da Rússia pela invasão da Ucrânia. A declaração de Lula ocorreu em coletiva de imprensa concedida em Bruxelas, nesta quarta-feira (19), após a reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia (UE).
O documento final da cúpula faz menção à guerra na Ucrânia, mas não condena a Rússia pela invasão do território ucraniano.
Lula afirmou que Boric não tem costume de participar de cúpulas internacionais e que o presidente chileno é um “jovem sequioso e apressado".
"Não tenho motivo para concordar com o Boric, é uma visão dele", disse Lula. "Eu já tive a pressa do Boric, no meu primeiro ano de mandato, eu ia para reuniões do G7 e queria que tudo fosse decidido naquela hora. Mas ali não é só interesse do Brasil, é interesse de 60 países. A gente tem que entender que nem todo mundo concorda com a gente."
Rui Costa fora do governo
O presidente também negou possibilidade de deslocar o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para a presidência da Petrobras, como forma de abrir espaço para o PL e o Republicanos no governo. "Não existe. Estou te dizendo com todas as palavras, não existe a possibilidade", disse Lula.
O presidente confirmou que tem interesse em trazer os partidos do Centrão para a base aliada do governo, mas pediu calma nas negociações aos líderes partidários, para que seja construído um acordo "maduro, que seja duradouro". "Quem discute ministro é o presidente da República, não é o partido que pede ministério", afirmou o presidente.
Agressões a Alexandre de Moraes
Lula declarou ainda que é preciso "punir severamente o cidadão que agrediu" o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, na sexta-feira (14). "Um cidadão desse é um animal selvagem, não é um ser humano." O presidente afirmou que "essa gente que renasceu no neofascismo, colocado em prática no Brasil, tem que ser extirpada, e nós vamos ser muito duros com essa gente, para eles aprenderem a ser civilizados".
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