Lula diz que salário de professor 'não é alto' e situação é 'ruim', mas não promete aumento
Presidente afirmou ainda que profissão "era uma coisa charmosa" antigamente
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (7) que o salário de professor no Brasil "não é alto" e as condições para os profissionais da área "não são boas". No entanto, o petista não acenou com possível aumento salarial. A declaração foi dada durante anúncio da criação do campus Complexo do Alemão do Instituto Federal do Rio de Janeiro, na capital carioca.
"A gente precisa cuidar de uma outra categoria, chamada professores e professoras. Não adianta a gente exigir qualidade na educação e pagar um salário que as professoras não têm mais motivação de ser professoras. Antigamente, ser professora era uma coisa charmosa. Era uma coisa extraordinária. Tem muita gente que não quer ser mais professor hoje, porque a situação está ruim, o salário não é alto, as condições em sala de aula não são boas", afirmou Lula.
"Precisamos criar condições para que a comunidade possa tomar conta da escola. A comunidade precisa saber da qualidade de água que seu filho bebe, da qualidade da comida que ele come, da qualidade do banheiro que ele usa, se é limpo, porque se não dá a impressão que a escola é responsabilidade do prefeito, do governador ou do presidente. Não. A educação do filho de vocês é, em primeiro lugar, da responsabilidade de vocês", completou.
A declaração de Lula ocorre num contexto de pressão, por parte de professores de universidades federais, por exemplo, para elevar o salário. Recentemente, o governo e sindicatos da Polícia Federal chegaram a um acordo para a recomposição dos salários na corporação. A promessa é que cinco carreiras da PF terão aumento: delegado, perito criminal, agente, escrivão e papiloscopista. O salário pode chegar a R$ 41.350 mil.
Agenda
As declarações foram dadas por Lula durante agenda no Rio de Janeiro. O presidente lançou a pedra fundamental do Campus Parque Olímpico/Cidade de Deus do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). A unidade vai atuar no eixo Ambiente e Saúde (ofertando cursos na área de enfermagem, farmácia e análises clínicas) e em Controle e Processos Industriais (ofertando cursos na área de automação industrial, mecânica e sistemas de energia).
O governo vai repassar R$ 15 milhões para a construção do campus, cuja obra está prevista para entrega em 2025. Atualmente, o IFRJ possui 15 campi no estado e atende mais de 18 mil estudantes. Esta semana, foi anunciada a construção de mais três unidades - além do Complexo do Alemão, serão erguidos os campi Parque Olímpico/Cidade de Deus e Belford Roxo. Durante agenda na zona oeste do Rio, mais cedo, Lula prometeu a criação de 100 institutos federais pelo país.
Na ocasião, foi assinado o termo de cessão do terreno pela Prefeitura do Rio de Janeiro. "A iniciativa oficializa a implantação da unidade educacional, garantindo o acesso das comunidades ao ensino técnico e profissional, além de integrar a ação de continuidade da política de expansão dos institutos federais no país", diz o governo.
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