Advogado alagoano compara Filipe Martins a Jesus e pede rejeição da denúncia de trama golpista
Comparação foi feita nesta terça-feira (22)

A defesa de Filipe Martins, o advogado Sebastião Coelho, comparou o processo contra o ex-assessor para assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à crucificação de Jesus Cristo. A comparação foi feita nesta terça-feira (22).
Sebastião Coelho citou vários elementos religiosos durante o julgamento da aceitação da denúncia contra Martins. O advogado afirmou que Filipe Martins é vítima de perseguição desde 8 de fevereiro de 2024, quando teve sua prisão preventiva decretada, e que sua condição se assemelha à de Cristo.
“Filipe Martins aguarda que este tribunal dê ouvidos à sua defesa. E aquele processo de crucificação que Jesus sofreu, Felipe Martins está sofrendo desde 8 de fevereiro de 2024. Isso tem que acabar hoje e Vossas Excelências devem fazer isso”, disse o advogado alagoano.
O ex-assessor de Bolsonaro é o único deste grupo de denunciados que assiste ao julgamento presencialmente. O ministro Alexandre de Moraes permitiu que ele saíssem da prisão domiciliar, para ir ao tribunal, mas negou pedido para que Martins pudesse circular por Brasília enquanto estiver na cidade.
Coelho afirmou que a acusação não tem justa causa e que Martins está sendo acusado apenas por ter ocupado um cargo na Presidência. O advogado também sustenta que há erros na investigação da Polícia Federal. A PF indica que, em 8 de janeiro de 2023, Martins estava nos Estados Unidos, mas a defesa alega que ele estava em Ponta Grossa (PR).
Além de pedir a rejeição da denúncia contra Martins, a defesa pediu o fim das medidas cautelares contra ele. Ao ganhar o direito à prisão domiciliar, em agosto do ano passado, Martins passou a usar tornozeleira eletrônica e foi proibido de dar entrevistas e de usar redes sociais.
Martins integra o núcleo 2 da denúncia do golpe. Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), o núcleo "gerencial", formado por autoridades de segundo escalão do governo, atuou para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota para Lula.
A PGR aponta Martins como um dos articuladores do plano. Ele teria apresentado a Bolsonaro e aliados militares uma minuta de decreto de estado de exceção e defendido seu uso. A denúncia indica que ele atuava como elo entre a Presidência e o núcleo jurídico-político da tentativa de golpe.
Sebastião Coelho tem histórico de embates no Supremo. No mês passado, durante o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, ele discutiu com seguranças e foi retirado do plenário por agentes da polícia legislativa após criticar ministros durante outra sessão relacionada aos atos golpistas. O episódio foi registrado em vídeo e motivou reação dos magistrados. Coelho é ex-desembargador do TJDFT e deixou a magistratura para se aproximar do bolsonarismo.
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