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Obras de manutenção do Museu Xucurus e Praça do Rosário serão entregues à população neste sábado (10)

A “Maria Fumaça”, instalada na Praça, foi a primeira locomotiva de Alagoas, de acordo com historiadores

Por 7segundos 09/12/2022 10h10
Obras de manutenção do Museu Xucurus e Praça do Rosário serão entregues à população neste sábado (10)
Museu Xucurus fica localizado na Praça do Rosário. - Foto: 7segundos

A Prefeitura de Palmeira dos Índios entregará à população neste sábado (10), às 17h, as obras de manutenção do Museu Xukurus e da Praça do Rosário, viabilizadas com recursos próprios do Tesouro Municipal. Com isso, os espaços públicos ganham investimentos e mais conforto para palmeirenses e visitantes dos dois locais. A Praça abriga o Xukurus, que guarda a história dos povos negros e indígenas, além de relíquias que contam a tradição de figuras importantes do município. A “Maria Fumaça”, instalada na Praça, foi a primeira locomotiva de Alagoas, de acordo com historiadores.

O prefeito Júlio Cezar ressaltou o zelo e o trabalho das equipes da prefeitura com a obra. “Vamos entregar à população uma obra linda, feita com muito capricho pelas nossas equipes. Na ocasião, vamos fazer uma homenagem ao seu Barbosa e à dona Margarida, um casal que se dedicou tanto a Palmeira dos Índios. Convido todos a participar deste momento conosco”, disse o prefeito Júlio Cezar.

Fatos históricos

Cosme Rogério, especialista em História de Alagoas, contou que o Museu Xucurus está instalado no antigo prédio da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, fundada entre 1805 e 1879 pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, associação religiosa de auxílio mútuo na qual, desde o período colonial, os membros a duras penas, se organizavam para comprar a alforria de escravizados.

Na época do Império, quando a Igreja administrava os cemitérios, o adro da capela, atual Praça do Rosário, servia para o sepultamento de pessoas, sobretudo crianças, que morriam sem batismo. “Daí o fato de a Praça ser outrora conhecida como Pátio dos Pagãos. Durante o episcopado de Dom Otávio Barbosa Aguiar e a administração do prefeito Minervo Fernandes Pimentel, a capela foi desativada canonicamente para fins religiosos e cedida para sediar o Museu, fundado em 1971 por Luiz B. Torres, Tenente Sinhô, além do primeiro bispo da Diocese de Palmeira dos Índios”, explicou o especialista.

E continuou. “Pode-se dizer que o Largo do Rosário é, historicamente, um quilombo urbano de Palmeira dos Índios. Uma curiosidade a ser observada é que “Maria-Fumaça” da Usina Capricho, no meio da Praça, foi a primeira locomotiva de trens de Alagoas”, contou Cosme Rogério.