Moraes autoriza que Eduardo Bolsonaro deponha por escrito por estar fora do Brasil
Jair Bolsonaro e líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ) prestarão depoimento presencialmente
O ministro Alexandre de Moraes concedeu o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) preste depoimento por escrito no inquérito sobre a atuação dele nos Estados Unidos. O pedido foi aceito já que o deputado está nos EUA desde março.
“Em virtude de encontrar-se fora do território nacional, conforme requerido pela Procuradoria-Geral da República, defiro a possibilidade de que os esclarecimentos de Eduardo Bolsonaro sejam dados por escrito e que o mesmo seja notificado, inclusive, por seus endereços”, detalha.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ) prestarão depoimento presencialmente na sede da PF (Polícia Federal) ao longo da próxima semana.
O petista será o primeiro, já na segunda-feira (2). Ele afirma que o deputado do PL “está usando uma potência estrangeira para tentar proteger seu pai, numa flagrante atitude de atentar contra a soberania nacional”.
“Reunimos registros de inúmeras publicações em redes sociais do deputado licenciado para confirmar as acusações feitas na representação que enviamos à PGR. Temos um conjunto de documentos, vídeos e textos com diversas declarações do político do PL feitas nos EUA e frontalmente contrárias aos interesses nacionais, ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes”, completou o petista.
Já Bolsonaro vai prestar depoimento na quinta-feira (5). O ministro Alexandre de Moraes determinou que o pai de Eduardo Bolsonaro fosse ouvido depois de ter afirmado ser o responsável financeiro pela manutenção do filho nos Estados Unidos.
Recentemente, o ex-presidente que as despesas estão sendo bancadas com os valores que recebeu via Pix de apoiadores. “Eu estou bancando as despesas dele agora. Se não fosse o Pix, eu não teria como bancar essa despesa, ele está sem salário e fazendo o seu trabalho de interlocução com autoridades no exterior”, disse Bolsonaro em entrevista.
“O que queremos é garantir a nossa democracia, não queremos um Judiciário parcial. Ele resolveu ficar por lá, nós conversamos quase todos os dias, mas são diálogos reservados. Quero que ele dispute o Senado em 2026, mas precisamos que os ventos mudem. Ainda não sei se ele retorna da licença, estamos na metade do prazo de 120 dias. Eu não quero ficar longe do meu filho, um afastamento familiar”, completou.
O STF abriu o inquérito atendendo a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que por sua vez atendeu uma ação peticionada por Lindbergh. Entre as solicitações feitas na ação, o líder do PT pediu que Eduardo fosse preso preventivamente e investigado por atentado à soberania nacional, abolição violenta do Estado democrático de direito e coação no curso do processo.
Pedido da PGR
Ao pedir a investigação sobre Eduardo, a PGR disse que o deputado licenciado tem buscado ativamente que o governo dos Estados Unidos imponha sanções a membros do STF, da PGR e da Polícia Federal.
As sanções buscadas, descritas pela Procuradoria-Geral da República como “pena de morte civil internacional”, incluiriam a cassação de vistos, o bloqueio de bens e a proibição de relações comerciais.
De acordo com a PGR, essas ações visam intimidar autoridades envolvidas em investigações e processos criminais que envolvem Jair Bolsonaro e aliados, configurando uma tentativa de obstruir a Justiça e interferir nos Poderes constitucionais. A PGR defendeu, além da abertura de investigação sobre Eduardo, que Jair Bolsonaro fosse interrogado.
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