Do Azulão aos Blues ? Foi no Mutange que Luiz Felipe virou Felipão

Quando Felipão deixou o comando técnico do Chelsea, em fevereiro de 2009, muito se especulou sobre os motivos que levaram a direção do clube londrino a demití-lo.
A versão mais aceita é a de que o treinador perdera o controle do vestiário, e atletas como o marfinense Didier Drogba o boicotavam.
A rescisão com os Blues foi, à época, fato praticamente único na carreira do vitorioso comandante. Apenas outra equipe, também azul, ousara dispensar seus serviços antes: o Centro Sportivo Alagoano, em 1982.
Aos 65 anos e com 31 temporadas de experiência no comando de equipes de futebol, Luiz Felipe Scolari prepara-se para disputar sua terceira Copa do Mundo.
Campeão em 2002 e idolatrado pela 4ª colocação com Portugal, em 2006, o treinador pode se orgulhar de ser um dos maiores nomes do ofício no futebol mundial. O que pouca gente sabe é que sua trajetória começou muito distante dos holofotes, em algum lugar do bairro do Mutange, em Maceió.
“Tivemos uma época em que o time era cheio de gaúchos, e um deles era o Felipão, que era um bom zagueiro. Ele jogou no CSA por uns quatro meses até ser dispensado. Os contratos eram curtos, já que o Campeonato Alagoano durava pouco tempo”, depõe Costa Cabral, jornalista e radialista de Maceió.
Conhecido mais por sua liderança em campo que por seu futebol, Luiz Felipe chegou ao Azulão do Mutange no fim de sua carreira. E lá se aposentou, retornando ao Rio Grande do Sul e deixando amigos na capital alagoana. Quando o time ficou sem técnico, o então presidente João Lyra resolveu apostar no xerifão.
“Antes do Felipão, tivemos o Valmir Louruz no comando do CSA. Ele também era gaúcho, também foi jogador, e acabou dando certo. Na hora de escolher outro, o doutor João Lyra resolveu apostar na fórmula que deu certo, lembrou do Felipão e ligou. Ele topou na hora”, relata Cabral.
O hoje deputado estadual João Lyra (PSD-AL) era o presidente do CSA no começo dos anos 80, e foi o responsável pelo começo da trajetória de Felipão como treinador. Ele fez parte de uma certa tradição do clube em ter políticos em seu cargo máximo; o irmão de seu genro, Fernando Collor de Melo, foi não só presidente do CSA como da República posteriormente.
O caminho de Felipão em Alagoas não durou muito tempo. O técnico levou o Azulão ao título alagoano em 1982, ao derrotar o CRB.
No ano seguinte, acabou demitido e rumou para o Juventude, onde alicerçaria seu trabalho para, enfim, ser o personagem que o mundo aprendeu a amar. Nem ele nem os orgulhosos torcedores do CSA, no entanto, equecem que foi no Mutange que Luiz Felipe virou Felipão.
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