Eliminação da Itália derruba Prandelli e presidente da federação italiana
Cesare Prandelli não é mais o treinador da Azzurra. Diante de uma plateia incrédula de jornalistas italianos, ele anunciou ter entregue ao presidente da Federação Italiana seu pedido de demissão tão logo terminou o jogo que tirou a Itália da Copa: "Quando um projeto técnico fracassa, só há um responsável.
Eu tratei da escolha dos jogadores, da preparação e se algo deu errado a responsabilidade é minha", justificou.
Prandelli foi mais além. Sem citar nomes reclamou de ataques verbais que vem sofrendo de setores da mídia e da política esportiva italiana. "Havia a vontade de continuar. Até a renovação do contrato estávamos conseguindo trabalhar o futebol italiano, deixando de lado os problemas fora de campo.
Após, passou a se tratar isso como um partido político. Eu nunca roubei nada, pago meus impostos. Tenho a cabeça erguida".
A Federação italiana - cujo presidente Giancarlo Abete também anunciou estar demissionário, após sete mundiais - vai convocar uma reunião do conselho federal, no final dessa semana, para avaliar o pedido de Prandelli.
Abete disse esperar que a renúncia seja recusada pelo conselho para que o treinador possa manter o comando do futebol italiano na classificação para a próxima Eurocopa.
"Já disse a Prandelli que, de qualquer forma, vou apresentar a minha demissão em caráter irrevogável ao Conselho Federal, porque fizemos o máximo que pudemos. Demetrio Albertini, como chefe da delegação, fez o seu melhor. Estou no meu sétimo Mundial, e já havia tomado essa decisão antes do início da Copa.
Faço esse pedido de demissão com serenidade e refleti muito para isso. Quero continuar em outras funções, como na UEFA, mas quero liberar a Federação de ser alvo de críticas pela minha presença.
Em agosto voltaremos com um novo presidente, que terá todo o meu apoio. Tenho um gosto amargo como torcedor, mas como dirigente sei que fizemos o melhor possível", discursou Abete.