FAF divulga nota de esclarecimento sobre operação da Polícia Federal
Nesta sexta-feira (09), a Polícia Federal desencadeou a Operação Bola Fora, onde investiga Caixa dois na campanha do vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó, a prefeitura da cidade de Boca da Mata. Gustavo Feijó é ex-presidente da FAF, com isso, o prédio da entidade recebeu a visita dos policiais. A FAF divulgou uma Nota Oficial, na qual desmente que tenha havido apreensão de documentos no local.
Leia a Nota
A Federação Alagoana de Futebol(FAF) vem a público esclarecer que, na manhã desta sexta-feira (09), recebeu a visita da Polícia Federal, que cumpria mandado.
A entidade, assim como seus funcionários, contribuiu de todas as formas para a execução do trabalho da polícia, que transcorreu de forma tranquila, não tendo havido, inclusive, nenhuma apreensão com recolhimento de documentos ou materiais.
A FAF, sempre regida pela ética e transparência da atual Administração, permanece à disposição para contribuir e prestar quaisquer esclarecimentos às autoridades e aos órgãos competentes.
Entenda a Operação
A investigação apura o recebimento de R$ 600 mil em “caixa 2” para a campanha eleitoral de Gustavo Feijó.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas a pedido do Ministério Público Eleitoral, em quatro endereços no estado. Nos locais foram apreendidos documentos e mídias digitais. Feijó confirmou à reportagem do G1 que é alvo da operação, mas nega as acusações.
A operação é um desdobramento da CPI do Futebol, instaurada em 2015 para investigar supostas irregularidades em contratos assinados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O superintendente da PF em Alagoas, delegado Bernardo Gonçalves, disse que as diligências para busca de provas foram solicitadas a partir da descoberta de e-mails com pedido do valor para a campanha de Feijó em 2012.
"De acordo com esses emails, a campanha do atual prefeito teria sido de R$ 2 milhões e ele declarou apenas R$ 105 mil. E a CBF teria arcado com R$ 600 mil", explicou o delegado.
A PF ainda investiga se a FAF, onde também houve cumprimento de mandados de buscas nesta manhã, foi utilizada no esquema como ponte para o envio da verba de caixa 2. "Há também a possibilidade da CBF ter repassado o dinheiro para a Federação Alagoana de Futebol", disse Gonçalves.