Turistas fazem a festa de comércio e serviços na Praia de Copacabana
A menos de dez dias do fim da Copa do Mundo, ambulantes, artistas de rua e prestadores de serviço tradicionais na orla de Copacabana fazem avaliações diferentes sobre os ganhos com o movimento trazido pela Copa do Mundo de 2014.
A massoterapeuta Nádia Lopez, de 44 anos, monta sua barraca em frente ao calçadão há dois anos, e conta nunca ter recebido tantos clientes. Para dar conta da demanda, ela trouxe uma ajudante.
"A Copa do Mundo salvou o mês, e quem sabe até o nosso inverno, que costuma ser bem morto. Estão bem melhor que no carnaval", avalia ela, que atende até as 22h, todos os dias, e conseguiu fazer um "pé de meia" cobrando R$ 80 por hora de massagem. "A procura está sendo muito acima das minhas expectativas", confessou.
Acostumado a vender bandeiras de clubes do Rio de Janeiro e de São Paulo, o ambulante Paulo César da Silva, de 56 anos, vai para Copacabana em dias de jogo há oito anos. Na Copa, as vendas superaram qualquer campeonato nacional: "Estou vendendo muito, principalmente para os gringos. A bandeira que sai mais é a da França".
O balanço das vendas até as 11h de hoje comprova o que ele disse. Das 30 bandeiras compradas, 15 eram da França, oito da Alemanha, cinco da Colômbia e duas do Brasil.
Vendedor de biscoitos de polvilho, um verdadeiro símbolo das praias cariocas, Luiz Carlos do Santos, 33 anos, trouxe a mulher para dividir o trabalho. "Não tenho do que reclamar. Estou vendendo bem", diz ele, que trabalha há cinco anos em Copacabana.
Artista de rua há 16 anos, Leandro Nunes não vê muitos motivos para se animar. Pintando o corpo de prateado para interpretar uma estátua de soldado romano, ele reclama: "Não melhorou em nada. Gringo não dá valor à gente. Quem colabora são os brasileiros. Eles [gringos] só querem ver jogo e ir embora".
Acostumado a ficar em Copacabana, domingos e feriados, ele vai dar uma pausa no expediente para ver o jogo do Brasil com Colômbia, hoje, às 17h. "Nem adianta ficar, porque não vai parar ninguém", sentenciou.
Entre um pedido e outro de colaboração, o escultor de areia Xavier Fonseca, em Copacabana há 28 anos, concorda que os estrangeiros não têm sido generosos: "Quando ajudam, é uma moedinha. Pra falar a verdade, o que me sustenta não é dinheiro de gringo. É de brasileiro. Às vezes a família mais humilde te dá uma nota de 5 [reais]".
Solícito, ele até bate a fotografia para os turistas, esforçando-se para enquadrar todas as suas esculturas. Em uma mesma área, ele fez um castelo, o Corcovado, o Pão de Açúcar, os arcos da Lapa, mulheres de biquíni, animais marinhos e os símbolos da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. "Tentei colocar tudo em um lugar só", diz ele.
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