Associações Comunitárias da zona rural estão desativadas
A função de uma associação comunitária é buscar melhorias para a comunidade bem como promover ações para contribuir no desenvolvimento social, econômico, e de centenas de famílias que moram em um determinado local. Mas parece que nos últimos anos não há tanto interesse em estimular esse tipo de associativismo na zona rural de Arapiraca.
Ao fazer um levantamento das comunidades da zona rural de Arapiraca, percebe-se que a grande parte está desativada. Não há atividade regular como cursos, palestras, e outras ações que estimulem a participação dos associados. A maioria tem sede própria mas pouco está sendo utilizada para reuniões ou outras ações. Os salões onde geralmente funcionam as sedes das associações estão sujos e empoeirados como se estivessem abandonados há muito tempo.
Algumas associações a exemplo das comunidades rurais Varginhas e Flexeiras estão sem funcionar há mais de três anos. A ex-presidente da associação comunitária da comunidade Varginhas, Maria dos Anjos, disse que dois fatores contribuem para a situação atual que muitas associações se encontram: A falta de incentivo do poder público e o desinteresse da própria comunidade em se unir para fortalecer o associativismo comunitário. “Quando você marca uma reunião para discutir algum assunto de interesse da comunidade poucas pessoas aparecem, e essa falta de compromisso acaba desestimulando quem estar no comando da associação”, afirmou.
Na comunidade rural Varginhas apenas a casa de farinha funciona no período da colheita da mandioca. Os agricultores se revezam utilizando os maquinários na produção de farinha. “Houve tempo que aqui a atividade comunitária era intensa, com cursos para capacitação de homens e mulheres da comunidade, mas agora nem presidente existe, ninguém quer mais assumir essa responsabilidade.
A falta de interesse da comunidade em participar das ações coletivas e a ausência de atividades as associações comunitárias acabam inadimplentes no pagamento de taxas e travam a documentação que regularizam o funcionamento. Essa situação impede que a associação participe de programas sociais como a distribuição de leite e de alimentos.
Se não houver o incentivo do poder público para reativar as associações e incentivar projetos e programas que contribuam para o desenvolvimento econômico e sustentável das comunidades rurais o resultado será a ineficiência total de uma entidade tão importante para milhares de famílias que vivem da agricultura de subsistência.