Maceió

Caso Abinael: polícia apresenta quarto suspeito de participar da morte do estudante

Jonathan Barbosa teria fugido para Pernambuco quando soube da prisão de Jalves, um dos autores materiais do crime

Por 7 Segundos com informações da TV Ponta Verde 21/07/2016 13h01
Caso Abinael: polícia apresenta quarto suspeito de participar da morte do estudante
Polícia apresenta quarto suspeito de participar da morte do estudante - Foto: Reprodução TV Ponta Verde

A polícia civil apresentou na manhã desta quinta-feira (21), durante coletiva à imprensa, no auditório da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL), o quarto suspeito no envolvimento da morte do técnico de Marketing Abinael Ramos Saldanha. A apresentação do suspeito contou com a participação do delegado responsável pelas investigações, Ronilson Medeiros.

No dia da morte do estudante, o quarto suspeito identificado por Jonathan Barbosa de Oliveira, de 24 anos, mecânico de avião agrícola, resgatou seus companheiros no matagal em Rio Largo, depois de consumado o crime. Ele afirmou aos policiais, que até o momento de resgatá-los, não sabia que estava participando de um assassinato. “Eles ligaram pra mim, pra eu ir buscar eles, que tinha acontecido alguma coisa, que eu não entendi o que era. O Jalves disse o caminho, mais ou menos, e eu fiquei na pista esperando eles”, disse Jonathan.

O inquérito presidido pelo delegado Ronilson Medeiros já estava concluído, restava apenas a prisão do último acusado. “O inquérito já foi relatado e encaminhado à Justiça. Todos já estavam com o mandado de prisão preventiva decretado, e o que faltava era o que foi preso na tarde de ontem”, explicou o delegado.

O crime

O delegado Ronilson Medeiros afirmou que a morte do jovem Abinael Ramos Saldanha, de 25 anos, desaparecido no dia 15 de junho, após deixar a casa da noiva, na parte alta de Maceió, foi encomendada por R$ 6 mil. O valor chegou a ser dividido em parcelas. O autor intelectual do crime foi o colega de trabalho e amigo pessoal da vítima, Ericksen Dowell. Segundo as investigações, Ericksen sentia inveja profissional de Abinael e queria com a morte assumir o lugar dele no escritório de certificação digital em que trabalhavam.

A polícia chegou até Ericksen após prender Jalves Ferreira Rocha da Silva, que estava com o celular de Abinael. Ele é apontado como autor material do homicídio. Após ser preso ele chegou a alegar que havia comprado o aparelho celular.

O corpo de Abinael foi encontrado no dia 22 de junho, na zona rural de Rio Largo, Região Metropolitana de Maceió, próximo à Usina Santa Clotilde. Na ocasião, o veículo de Abinael, modelo Peugeot 206 de cor preta e placa NMD -1618, também foi localizado carbonizado. O jovem foi morto com um tiro na cabeça. 

Durante a coletiva de apresentação dos dois suspeitos, ocorrida um dia após a polícia encontrar o corpo, o delegado Ronilson Medeiros, afirmou que denúncias anônimas foram fundamentais para elucidar o desaparecimento do gestor de Marketing.