Sertão

Justiça: Vereador acusado de homicídio é condenado a mais de 15 anos de prisão

Luciano Lucena deverá ainda pagar indenização de R$ 10 mil à família da vítima

Por Redação com informações 08/11/2016 17h05
Justiça: Vereador acusado de homicídio é condenado a mais de 15 anos de prisão
Luciano Lucena - Foto: Rota do Sertão

Atualizada às 18h24

O promotor de Justiça Antônio Luiz Vilas Boas condenou, nesta terça-feira (8), o réu Luciano Lucena de Farias, vereador do Município de Palestina, à pena de reclusão de 15 anos e 7 meses e 15 dias, em regime fechado. O vereador foi julgado por homicídio qualificado em virtude de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O julgamento, conduzido pelo juiz John Silas da Silva, no Fórum da Capital, terminou por volta das 18h. Os jurados rejeitaram a tese de legítima defesa e condenaram Luciano Lucena por homicídio qualificado. Como o vereador já tinha prisão preventiva decretada, saiu do Fórum preso. O juiz também determinou o pagamento de indenização pelos júris adiados. Era para o réu ter sido julgado no dia 8 de junho deste ano, mas ele não compareceu à sessão.

O parlamentar é acusado de assassinar Manoel Messias Simões de Couto, no dia 21 de junho de 2009, no povoado Lagoa de Pedra, localizado no Sertão de Alagoas. Nove meses antes, a vítima chamou o réu de “ladrão” por conta de desentendimento durante jogatina. Luciano reagiu com um tapa no rosto de Manoel, que prometeu vingança. 

Sem jamais concretizar a ameaça, a vítima reencontrou o algoz no Bar do Pinguim, quando comemorava o próprio aniversário. Ao se deparar com Manoel, o parlamentar foi tirar satisfação com ele e o chamou para conversar fora do estabelecimento, quando desferiu três tiros na vítima, matando-a.

Depoimento

Durante interrogatório, o réu confessou o crime, mas disse ter agido em legítima defesa, após sofrer ameaça de morte da vítima. “Perguntei se era verdade que iria me matar e ele respondeu que sim, já retirando a mão do bolso. Quando dei conta já estava atirando nele. Agi para evitar minha morte”, disse.