Psicologia do luto mostra caminhos para lidar com as perdas
No inicio do século passado, o psicoterapeuta Sigmund Freud definiu o luto como o conjunto de reações psicológicas, conscientes ou não, que alguém vivencia após enfrentar uma perda. A psicologia atual defende que esse é um processo imprescindível e, ao contrário do que muitos pensam, não se trata de superação ou esquecimento, mas de uma readaptação à uma nova realidade.
Embora as pessoas associem o luto diretamente à morte, para a psicologia, ele é desencadeado por qualquer ruptura emocional forte, seja a perda de alguém querido, um divórcio ou um amigo que foi morar longe. O processo é dividido em cinco fases e todas as pessoas irão apresentar pelo menos duas delas: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.
Para a psicologa Lívia Vieira, especialista do Hapvida Saúde, das cinco fases a mais crítica é a depressão, onde a pessoa toma consciência da perda e passa a ter ciência do vazio deixado. Algumas pessoas não conseguem passar por esse estágio sozinhas e, em alguns casos, podem sofrer de problemas como insônia, depressão e queda da imunidade.
Em qualquer fase do luto, a terapia exerce o papel fundamental, no qual oferece suporte e auxílio para o paciente superar a dor, mostrando-se como uma ferramente de reorganização psicológica. Com ela é possível encontrar sua própria maneira de lidar com os sentimentos, muitas vezes novos e conflitantes e compreender que não há certo ou errado na maneira em como se vive ou expressa a dor.
O processo do luto é uma experiência individual e por isso não tem uma duração estabelecida. “há quem leve um ano, décadas e os que nunca conseguem encerrar esse ciclo”, explica Lívia. Saber lidar com cada fase é essencial, pois são elas que irão dar forças para a pessoa se readequar a nova vida e conseguir seguir em frente.
Familiares e amigos também são peças-chave nesse momento de readaptação. Cabe a eles o papel de dar suporte emocional e ficar ao lado da quem sofreu essa perda. Muitas vezes são pessoas próximas da rotina de quem passa pelo luto que observam a necessidade de um tratamento psicológico.
Fases do luto
A psicologia considera que qualquer forma de perda ou ruptura, seja a morte ou um divórcio, por exemplo, podem desencadear o processo que é dividido em cinco fases. Embora não sejam necessariamente vivenciados em uma ordem precisa ou por todos que sofrem uma perda, estudiosos afirmam que todas as pessoas apresentam pelo menos dois dos estágios abaixo:
Negação: o indivíduo não consegue aceitar a perda e recusa acreditar no que aconteceu.
Raiva: A perda ainda não foi aceita e começam indagações como “Por que comigo?”
Negociação: A perda ainda é considerada apenas uma possibilidade, não algo real e consumado. A partir desse momento, a pessoa ainda tenta buscar uma maneira de fazer com que as coisas voltem a ser como antes. Nesta fase, é comum o contato com o lado espiritual na tentativa de reverter a situação.
Depressão: Fase mais difícil e delicada, na qual a pessoa toma consciência da perda. A percepção de que as coisas não serão mais como antes, gera a sensação de perda imediata de sonhos, projetos e uma redefinição das lembranças associadas a essa pessoa.
Aceitação: Etapa final do processo de luto. Não há mais desespero ou negação. A perda ganha uma outra perspectiva e é aceita com mais serenidade.
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