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Empresário arapiraquense investe em energia solar

Saiba como funcionam as placas solares

Por 7Segundos 08/04/2018 07h07
Empresário arapiraquense investe em energia solar
Empresário arapiraquense investe em energia solar - Foto: Josival Meneses/ 7Segundos

O Sol é uma fonte de energia renovável, através de seu calor e luz produz energia pura e natural, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Não emite gases de efeito estufa, que contribuem para o aumento da temperatura da Terra, não gera resíduo e, em geral, substitui um combustível fóssil, poluente, caro e escasso.

Desenvolvimento sustentável é uma alternativa à exploração de recursos e um caminho para o desenvolvimento tecnológico crescente e que exige alta demanda de energia.

O empresário Klaus Cavalcante entende bem o processo de capitar e transformar energia. É empreendedor e estudioso, sabe como lidar com custos e vantagens em aderir à inovação. Klaus é Engenheiro Elétrico e técnico em Eletrotécnica pelo Ifal.

“Esse sistema que trabalho é o sistema fotovoltaico, ligado à rede. Não é utilizado bateria. A energia gerada que não for consumida é enviada para a concessionaria, no nosso caso, a Eletrobrás e ganha-se créditos de energia, que pode ser utilizado posteriormente”, diz Klaus.
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O sistema chamado de energia solar ou sistema fotovoltaico é um sistema capaz de gerar energia elétrica através da radiação solar. Existem dois tipos básicos de sistemas fotovoltaicos: Sistemas Isolados (Off-grid) e Sistemas Conectados à Rede (Grid-tie).

Os Sistemas Isolados são utilizados em locais remotos ou onde o custo de se conectar à rede elétrica é elevado. São utilizados em casas de campo, refúgios, iluminação, telecomunicações, bombeio de água, etc.

Já os Sistemas Conectados à rede, substituem ou complementam a energia elétrica convencional disponível na rede elétrica.

Como funciona

O sistema possui quatro componentes básicos:

Enquanto um sistema isolado necessita de baterias e controladores de carga, sistemas conectados à rede funcionam somente com painéis e inversores, já que não precisam armazenar energia.

• Painéis solares – Fazem o papel de coração, “bombeando” a energia para o sistema. Podem ser um ou mais painéis e são dimensionados de acordo com a energia necessária. São responsáveis por transformar energia solar em eletricidade.

• Controladores de carga – Funcionam como válvulas para o sistema. Servem para evitar sobrecargas ou descargas exageradas na bateria, aumentando sua vida útil e desempenho.

• Inversores – Cérebro do sistema, são responsáveis por transformar os 12 V de corrente contínua (CC) das baterias em 110 ou 220 V de corrente alternada (AC), ou outra tensão desejada. No caso de sistemas conectados, também são responsáveis pela sincronia com a rede elétrica.

• Baterias – Trabalham como pulmões. Armazenam a energia elétrica para que o sistema possa ser utilizado quando não há sol.

Quando custa

Segundo o engenheiro, o investimento inicialmente parece alto, mas com o passar do tempo, o custo benefício compensa. De acordo com cada necessidade e equipamento, o valo vai depender do consumo.

“Uma residência, que consuma uma média de 400kwh por mês, vai necessitar investir uma média de R$17.000. Esse valor pode variar de acordo com o local em que vai ser instalado.

De forma geral, um sistema solar fotovoltaico tem retorno do investimento entre 2,5 e 4 anos. Porém o sistema tende a durar mais de 25 anos, quanto maior o sistema, melhor fica o valor”, explica o engenheiro.

Klaus explica ainda que o sistema fica ligado na energia da residência e conectado a um eletrodoméstico especifico. A base de consumo de energia fica da seguinte forma:

“Se você consome 250kWh, e gerar no mês 150kwh, você só vai pagar 100kwh a empresa de energia. Se gerar mais do que consome, fica guardado o credito e você pode utilizar em até 60 meses. Toda essa contagem é feita automaticamente, pois o medidor da residência é alterado, por um medidor bidirecional, que agora passa a contar, além do consumo, a geração”, detalha o especialista.

Incentivo

A busca pelo produto e o gasto com a produção parte totalmente do interessado em aderir a inovação. Porém, há alguns financiamentos voltados para isso e com juros reduzidos.

O governo implementou alguns incentivos como a retirada do ICMS na compra. A compra do sistema completo, não tem a incidência de ICMS, pois é configurado como sistema gerador.

Em Alagoas

Segundos dados da Agencia Nacional de Energia Elétrica(ANEEL), a quantidade de unidade consumidoras com geração distribuídos com potência instaladas(KW) de 1.277,64.

Esses dados dizem respeito ao sistema conectado à rede, como permitido na resolução 482 da Aneel. Quando o sistema é independente (na bateria, por exemplo) ele não está incluso nesses dados.

“Um pequeno sistema, que gere uma média mensal de 500KWh, vai evitar a emissão de pelo menos 110 toneladas de Co² durante a vida útil do sistema”, alerta Klaus Cavalcante.C