A revista France Football, responsável pelas edições do Bola de Ouro, pediu desculpas a Andrés Iniesta por jamais ter concedido o prêmio ao jogador. Intitulado "Perdão, Iniesta", o editorial da publicação francesa chama o meia espanhol de o "maior facilitador de todos os tempos", acrescentando que Lionel Messi não teria o mesmo rendimento no Barça sem Iniesta.

Para a France Football, Iniesta não ganhou o prêmio de melhor do mundo porque seu futebol pensava mais no coletivo do que no individual. A revista se desculpou por não ter visto essa qualidade em Iniesta.

"O sr. Iniesta demonstrou que é o cérebro e, sem dúvida, o músculo essencial dos campeões fora de série. Seu talento é inventar. Um altruísmo que certamente o privou de um reconhecimento ainda mais majestoso, como foi no Bola de Ouro, que deixou escapar em 2010 (segundo lugar) e 2012 (terceiro). Entre as grandes ausências dos Bola de Ouro, a dele é a mais dolorosa. A menos que uma grande atuação na Rússia permita reparar essa anomalia democrática", diz trecho do editorial.

Aos 33 anos, 16 deles defendendo o Barcelona, Iniesta deverá seguir para o futebol chinês após a Copa do Mundo.

Ao todo foram oito títulos de Campeonato Espanhol, sendo que o nono é questão de dias, em razão da folgada vantagem na classificação. Também foram seis troféus da Copa do Rei, quatro Ligas dos Campeões, entre outras conquistas (são 34 na carreira, um dos maiores vitoriosos da história do futebol).

O Bola de Ouro criou a premiação em 1956. Na época, o troféu era concedido ao melhor jogador europeu. A Fifa instituiu sua própria premiação na década de 90, mas a Bola de Ouro seguiu prestigiada mesmo com "concorrente" Fifa.

Em 2010, a Fifa e a Bola de Ouro unificaram o prêmio. Mas em 2017, a Fifa voltou a ter uma premiação só dela, criando o "The Best". Mesmo voltando a atuar independente, o Bola de Ouro da France Football segue prestigiado