Doria usava imagens de escolas americanas e russas em campanha eleitoral
Justiça eleitoral proibiu uso das cenas

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo concedeu liminar nesta segunda-feira (17) proibindo o candidato do PSDB, João Doria, de utilizar imagens de escolas e clínicas dos Estados Unidos e Rússia em sua propaganda.
O pedido de liminar contra Doria foi feito pela coligação São Paulo do Trabalho e de Oportunidades, de Luiz Marinho (PT), candidato ao governo. Na representação, a coligação alega que as imagens teriam sido retiradas de bancos de imagens de empresas estrangeiras, comprometendo o princípio da veracidade.
Em sua decisão, o juiz auxiliar de propaganda eleitoral Afonso Celso da Silva, a conduta da viola a lei "que proíbe o uso de trucagem, computação gráfica, desenhos animados, efeitos especiais, além de terem sido utilizados meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na estados mentais, emocionais ou passivos". A multa estipulada é de R$ 10 mil caso a coligação descumpra a decisão da Justiça.
O uso de material de campanha com trechos filmados nos Estados Unidos e Rússia e comercializadas por bancos de imagens foi revelado pela reportagem da rádio CBN.
As mesmas cenas foram encontradas pela reportagem da emissora em vídeos antigos no YouTube, no Twitter e em canais ligados às redes americanas NBC e CBS.
A campanha de Doria exibiu o programa, voltado para mães, no horário eleitoral gratuito da última quarta-feira (12), para ilustrar feitos do ex-prefeito paulistano e suas promessas de governo, caso vença a eleição.
No vídeo, o ex-prefeito conversa uma paulistana que teria sido beneficiada por uma "creche de primeiro mundo" aberta em sua gestão. "Ele continuando esse projeto, vai estar ajudando outras mães como eu", afirmava a entrevistada.
Nessa mesma peça, Doria afirma que as crianças matriculadas em creches da prefeitura serão examinadas por médicos no início do ano letivo, receberão alimentação de qualidade e receberão uniformes de inverno e de verão.
Em manifestação encaminhada por sua assessoria de imprensa, a campanha do tucano diz que utilizou bancos de imagens porque o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) não permite exibir crianças sem autorização judicial. Também afirma que o programa não mostra imagens com salas e infraestrutura, mas detalhes.
"As imagens externas, em que não havia risco de expor as crianças, foram todas realizadas em frente a fachada de uma creche paulistana", disse, em nota.
Veja também
Últimas notícias

Evangélicos crescem e representam mais de um quarto da população

Sextou no Centro celebra edição junina com muito forró no Calçadão do Comércio

UPA do Benedito Bentes registra mais de 11,6 mil atendimentos no mês de maio

Moradores bloqueiam via pública do bairro Bebedouro por causa da falta d’água

Homem é preso após se masturbar perto de estudantes no município de Palmeira dos Índios

Polícia Militar divulga balanço das ações realizadas no mês de maio no Agreste alagoano
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
